No Dia Nacional da Alfabetização, neste 14 de novembro, a data é um espaço para alertar sobre a consciência da importância do ensino e aprendizagem. É fundamental discutir sobre o aprendizado na fase adulta, situação desafiadora. É comum jovens retornarem às salas de aulas, mais velhos, por terem abandonado a escola, enquanto mais novos, sendo, a grande maioria, pela inevitabilidade do trabalho, outros já, por questões de auxílio familiar.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação apontam uma taxa de analfabetismo acima de 6,8%%, em 2018, caindo para 6,6%, em 2019. Apesar da redução, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil ainda possui 11 milhões de analfabetos.
Os especialistas alertam que a alfabetização não pode se basear, apenas, em aprender a ler e/ou escrever, mas, na capacidade individual de compreensão, interpretação e produção do conhecimento. Na fase adulta, há formas adequadas de ensinar, porque é necessário mais tempo para a aprendizagem. É importante os professores estarem preparados para atuar com as turmas, respeitando, acima de tudo, o tempo de assimilação.
A educação é um direito de todos, como prevê a Constituição, porém , alfabetizar adultos não é tarefa simples. É preciso ceder espaço e melhorar as condições de ensino para essa faixa etária, além de ser um dever do estado e da família, oferecer, em colaboração com a sociedade, uma educação que faça as pessoas se desenvolverem plenamente ao longo da vida.
*** Indicamos a psicopedagoga e neurocientista Ângela Mathylde para a entrevista sobre alfabetização na fase adulta.
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