O desenvolvimento social, englobando aspectos como expectativa de vida, educação, inclusão etc., deve ser a prioridade do Brasil quando a pandemia chegar ao fim. Ao menos é o que opinam 64% dos entrevistados do país, que na pesquisa “Covid-19: Recovery Preferences and Priorities”, realizada pela Ipsos com 10 mil pessoas de 13 países – sendo mil brasileiros -, escolheram priorizar o progresso social em detrimento do crescimento econômico na retomada pós-Covid-19. Como é de se supor, 36%, por outro lado, optaram pela ascensão da economia.
Globalmente, a preferência pelo progresso social é menor: de 53%. Já 47% decidiram pelo crescimento econômico. Quando estratificamos o resultado brasileiro por faixa etária, é possível perceber que os respondentes que colocam o desenvolvimento da sociedade em primeiro lugar são, via de regra, os mais jovens. Entre os entrevistados com menos de 25 anos, 75% priorizariam o progresso social na retomada pós-pandemia. Na faixa daqueles com 25 a 34 anos, são 66%. Entre os de 25 a 49 anos, são 63%. Por fim, 52% dos entrevistados com mais de 50 anos escolheram o viés social.
Saúde e bem-estar: prioridade mundial em meio à Covid-19
Pensando na situação atual dos seus próprios países, os participantes da pesquisa tiveram que responder qual das duas opções achavam que deve ser o foco das iniciativas de suas nações no curto prazo: crescimento econômico ou saúde e bem-estar. A segunda liderou com folga. Considerando os 10 mil ouvidos, 72% creem que a saúde e o bem-estar devem ser priorizados, contra 28% que apoiam o desenvolvimento da economia. No Brasil, os números são iguais ao índice global.
Três em cada quatro (76%) respondentes brasileiros com menos de 24 anos optaram pela saúde e bem-estar da população, mesmo percentual da faixa etária daqueles com 25 a 34 anos. Entre 35 a 49 anos, foram 69%; já entre os entrevistados com mais de 50 anos, 70%.
A pesquisa on-line foi realizada com 10.013 pessoas de 13 países com idade de 16 a 74 anos. Os dados foram colhidos entre os dias 24 de julho a 07 de agosto de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..