Antes da pandemia de Covid-19, plataformas como Google Meet, Zoom, Hangouts e Microsoft Teams eram procuradas, na maioria das vezes, por profissionais de cidades ou países distantes para reuniões de trabalho. Aulas presenciais se tornaram on-line, e hoje o aluno tem ao seu dispor uma gama incrível de soluções para aprender e interagir, no conforto do lar. Na área da saúde, já é comum a telemedicina, com consultas on-line 24 horas por dia para fornecimento de informações a pacientes. Muitas empresas tiveram que evoluir décadas em poucos meses, e tudo foi levado para o universo digital… Não é à toa que a última pesquisa TIC Domicílios, o mais importante levantamento sobre acesso a tecnologias da informação e comunicação, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostrou, no ano passado, que três em cada quatro brasileiros têm acesso fácil à internet.
E é claro que isso contribui para o avanço dos tablets e smartphones, o que, por sua vez, colabora com o mercado de aplicativos, que está cada vez mais aquecido. Mas será que as empresas sabem o que fazer – e como – antes de fechar um contrato com um programador de app?
Segundo o CTO da desenvolvedora de aplicativos DevMaker, Rudiney Franceschi, quem investe em um projeto assim, na ânsia de atender o cliente, espera encontrar o profissional ideal: qualificado, com disponibilidade e que cumpra os prazos acordados. “Mas, infelizmente, não é isso que acontece. Contratos intermináveis, falta de equipe especializada, custo alto e atraso na entrega são alguns dos problemas que aparecem frequentemente por aqui, para solucionarmos”.
Segundo ele, essas adversidades podem ser evitadas na fase inicial do projeto: o pensamento em querer desenvolver um app. “A melhor alternativa, com certeza, é buscar uma empresa especializada em mobile. Este é o primeiro passo”, garante Franceschi.
Tudo porque os aplicativos são tão complexos quanto grandes sistemas. Então, domínio de soluções de meio de pagamento, geolocalização, integração com múltiplos serviços (APIs), Push Notification, IoT e QR Code, por exemplo, exigem profissionais extremamente qualificados com vivência intrínseca nesse universo. “Os usuários estão acostumados com excelentes aplicativos, como WhatsApp, Mercado Livre, Uber, Nubank, iFood… Então, é natural que eles esperem um nível alto de qualidade em termos de interface e experiência de navegação”.
Outro detalhe importante é que as lojas Google Play e Apple Store mantêm um encadeamento de requisitos que só quem já tem uma equipe com muita expertise no assunto consegue construir, lançar e emplacar rapidamente um app nesses ambientes.
Por fim, antes do desenvolvimento, é recomendável definir quais são os propósitos do app e as soluções para que erros, falhas ou equívocos em funcionalidades não ocorram. “Ou seja, o resultado do produto deve estar sempre o mais próximo possível do planejado, mesmo com adaptações”.
Para auxiliar os marinheiros de primeira viagem na construção de um app, a DevMaker listou, ainda, mais algumas dicas. Confira:
1. Defina o seu público: tendo em mente o público que irá utilizar o aplicativo, fica mais fácil obter uma linha de mercado definida.
2. Atualizações são importantes: para apresentar novos recursos ou proteger os dados dos usuários, os fabricantes dos smartphones investem em atualizações regulares nos sistemas. É importante contratar uma empresa que acompanhe essas transformações e que modifique os aplicativos focando nas versões mais modernas dos sistemas.
3. Um bom layout faz a diferença: investir em um projeto gráfico, torná-lo mais natural e amigável, bem como simples e funcional, faz com que a experiência do usuário (UX/UI) seja positiva, intuitiva e interessante.
4. Não confunda app com site: um equívoco corriqueiro, principalmente em empresas menores, é desenvolver aplicativos pensando em uma “versão miniatura” do site. Fazendo isso, a experiência do usuário fica comprometida, uma vez que os recursos de um ficam limitados em outro.
5. A fase de testes é fundamental: é recomendável testar a ferramenta durante o seu desenvolvimento, para não encontrar erros difíceis de serem corrigidos após meses de trabalho, e quando o app já está no mercado, sendo largamente utilizado.