As cooperativas mineiras estão ampliando a participação no comércio exterior e ganhando de vez o mercado internacional. O setor exportou US$ 1,5 bilhão em 2022, um aumento de 76,5% em relação a 2021, segundo dados do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro 2023. O montante representa 20,8% dos US$ 7,36 bilhões exportados pelo coop brasileiro. “Somos o segundo Estado no ranking cooperativista nacional de exportações, atrás apenas do Paraná”, comemora o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.
No rol dos cinco produtos mais vendidos ao exterior pelo cooperativismo brasileiro estão carnes de aves (US$ 2,2 bilhões), café não torrado (US$ 1,6 bilhões), carne suína (US$ 841 milhões), óleo de soja (US$ 755 milhões) e soja triturada (US$ 577 milhões). São itens que figuram também no topo da lista da produção agropecuária mineira, o que justifica o protagonismo do Estado na pauta nacional.
Minas é, por exemplo, o maior produtor de café do Brasil, com uma participação de 43,1%. Além disso, de todo o café produzido em território nacional, 24,6% passa por uma cooperativa mineira. Quando se considera apenas a produção do Estado, esse número sobe para 57%. “Resumidamente, o que estamos dizendo é que, de 100 xícaras de café produzidas em Minas Gerais, 57 passam por uma coop”, destaca Scucato.
Em algumas dessas coops, como a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior parte do faturamento vem das exportações. Em 2022, a organização despachou para o mercado externo 5,6 milhões de sacas de café verde tipo arábica – 82,3% de toda a sua produção.
Mas não é apenas pelo peso de seus produtos na pauta exportadora que o cooperativismo mineiro tem conquistado o mercado global. A internacionalização do segmento vem ocorrendo rapidamente porque as cooperativas já carregam, incorporados na essência, os valores do ESG (pilares de responsabilidade ambiental, social e de governança), potencializando a exportação para esse modelo de negócios.
O Sistema Ocemg, primeira unidade estadual do cooperativismo a ser signatária do Pacto Global da ONU, não mede esforços para estimular as cooperativas mineiras a alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contemplando em todas as suas ações a responsabilidade econômica, social e ambiental. O foco da atuação do cooperativismo é enfrentar os desafios da sociedade, tornando-a mais inclusiva. “Ao buscar o mercado exterior, as cooperativas não apenas fortalecem seus próprios negócios, mas também contribuem para o desenvolvimento do país e de suas comunidades, promovendo o crescimento, a geração de empregos e a estabilidade financeira. Esse papel ganha ainda mais importância devido ao modelo cooperativo, que tem entre suas premissas a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental, o que coloca as cooperativas na vanguarda da nova economia”, ressalta Scucato.
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