O Projeto Fotografias por Minas entra na reta final e promove uma série de lives, entre os dias 29 de junho e 1º de julho, com inspirações para imaginar um mundo novo. A transmissão ao vivo dos bate-papos será realizada no Instagram da campanha (@fotografiasporminas).
A proposta das lives é discutir novas visões e possibilidades de mundo, promovendo o diálogo da fotografia com outras áreas do conhecimento como meio ambiente, arquitetura, cultura, arte, memória, antropologia, educação, protagonismo social, questões de gênero, sexualidade e o corpo.
Fotografias por Minas – Programação de lives – 29 de junho a 1º de julho
Na segunda-feira, 29 de junho, às 20 horas, Matheus Sá Motta e Tamiris Correa conversam sobre a fotografia de rua, a cidade e seus personagens.
Matheus Sá Motta é fotógrafo de Rua, educador social e daimista. Desde 2013, percorre o hipercentro de Belo Horizonte utilizando a fotografia como recurso para representar as múltiplas práticas do cotidiano, estabelecidas na trincheira do espaço urbano. Seu trabalho pretende argumentar que imagens do cotidiano das cidades apresentam o último instantâneo da anarquia criativa, em uma sociedade que caminha irrefreavelmente para uma distopia capitalista, virtual, individual e ordeira.
Tamiris Correa é fotógrafa de rua, retratista e estudante de Psicologia. Desde 2016 retrata as ruas de Belo Horizonte e as pessoas que habitam a cidade. Por meio de fotografias feitas a partir de caminhadas aleatórias pela capital mineira, seu trabalho busca entender como as pessoas modificam a cidade e como a cidade as modifica.
Na terça, dia 30, às 17 horas, o bate-papo será com Mestre Julio e Alexandre Lopes, sobre a temática “Retratos Pintados”, as suas tradições operacionais e as perspectivas contemporâneas de realizações dentro do tema Retratos.
Mestre Julio Santos dedica-se ao desenvolvimento e divulgação da fotopintura, técnica fundamental na construção da memória visual dos brasileiros, em especial na região nordeste do país. Seu trabalho ganhou destaque em diversas exposições: individual Interior Profundo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2012); itinerância no Centro de Fotografía de Montevideo (2013); série Deslimites da Memória, em coautoria com Cyro Almeida, no Museu Mineiro (2020). Em 2010, teve sua obra publicada no livro “Júlio Santos – Mestre da Fotopintura” (Ed. Tempo d’Imagem). A despeito da notoriedade que seu nome vem recebendo das instituições de arte, Mestre Julio continua atendendo pedidos de fotopinturas vindos das camadas mais populares de todo o Brasil.
Alexandre Lopes, com experiências diversificadas no campo das Artes Visuais, inicia atividades com fotografia ainda nos anos 1980. É fotógrafo e educador graduado e pós-graduado em Ensino de Artes Plásticas pela Escola Guignard. Nos anos 2000, torna-se docente da instituição nos cursos de graduação, lecionando disciplinas de Fotografia. Desenvolve consultorias, oficinas, cursos, palestras, todos ligados a fotografia e seus desdobramentos. No campo de pesquisa, provê material visual para estudos acadêmicos, projetos de TCC e projetos de Artes Visuais de Autor. Nos últimos anos, destaca a fotografia analógica em suas atividades pessoais e educativas, explorando de modo alternativo os diferentes formatos, processos e suportes.
E na quarta-feira, dia 1º de julho, às 20 horas, a live contará com a presença de Grazi Medrado e Ronald Santos Cruz, que abordarão a temática “Imagem Padrão”.
Grazi Medrado é diretora criativa, atriz e produtora cultural. Realiza trabalhos com diversos artistas, grupos e coletivos de teatro, música, dança, arte urbana, audiovisual e performance. Assina a criação, roteiro e direção das aberturas das Mostras de Cinema de Tiradentes, CineBH e CineOP desde 2016, participou do júri do Festival ¼ de Cena de Brasília em 2017, realizou a curadoria do FAN-BH 2019, produz o espetáculo “violento.”, e atualmente está assessoria da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Ronald Santos Cruz, 22 anos, nascido na Comunidade do Coque, em Recife (PE), descobriu sua paixão pela fotografia em 2016, enquanto cursava Comunicação Social, com habilitação em Rádio, TV e Internet. À época, também tentou a carreira de modelo, mas, ao enviar suas fotos para as agências, sempre recebia a mesma resposta: “olha, você é bonito, mas não se encaixa no nosso perfil”.
Fotografias por Minas
O projeto Fotografias por Minas reúne grupo de fotógrafas e fotógrafos mineiros numa iniciativa solidária em prol de entidades e grupos sociais impactados pelo novo coronavírus. Até o dia 03 de julho, é possível adquirir imagens autorais especialmente selecionadas, com o valor de R$ 150 para cada foto. Nesta segunda etapa, a campanha buscou dar visibilidade para trabalhos de pessoas negras, de origem indígena e LGBTIQs+. E convidou profissionais e amantes da fotografia, mineiros ou residentes no Estado, para participar com suas imagens da temática “para imaginar um mundo novo”.
Ao todo, mais de 460 fotógrafas e fotógrafos enviaram suas imagens. As fotos terão impressão de alta qualidade e durabilidade em papel fine art no tamanho 20×30 cm. As compras devem ser feitas no site www.fotografiasporminas.com.br e as entregas serão feitas pelos Correios até novembro.
A segunda meta é arrecadar R$ 210.000 que será dividido entre as entidades/grupos sociais: Povo Pataxó Hãhãhãe, Povo Indígena Xakriabá, Cio da Terra, Albergue Santo Antônio, Comunidade Quilombola Vazanteira de Caraíbas e Comunidade Quilombola São Geraldo.
O projeto Fotografias por Minas tem parceria e o apoio de empresas mineiras, como a Greco Design, a Artmosphere Fine Art e a ETC Comunicação.