Pacientes oncológicos que estão em tratamento ou em processo de remissão da doença enfrentam desafios para manter a qualidade de vida a autoestima elevada. O projeto da Una Cidade Universitária, Estética no Pós-Câncer, vem oferecendo práticas integrativas e terapêuticas para contribuir com o bem-estar de homens e mulheres que estão lidando com os efeitos colaterais dos tratamentos do câncer.
Os atendimentos do projeto piloto, que começaram de forma presencial em setembro, estão sendo feitos remotamente, em função da pandemia. Além do teleatendimento individual, os alunos, com orientação de professores, estão promovendo encontros semanais, às segundas-feiras, de 17 às 18h40, para falar sobre Nutrição, Estética e Cosmética, Fisioterapia, Enfermagem, Serviço Social, Odontologia e Biomedicina.
“Muitas vezes o foco do paciente está no tratamento e nos seus resultados, e a parte da busca do bem-estar acaba sendo negligenciada. Eles chegam aqui com muitas dúvidas e dificuldades em lidar com problemas corriqueiros e incômodos como pele e cabelos ressecados, feridas na boca e sangramentos nas gengivas”, diz a idealizadora do projeto, a professora do curso de Estética e Cosmética, Paula Mota Vasconcelos.
Os participantes saem com orientações de como cuidar da pele e do cabelo, como melhorar a postura e a forma de vestir, recebem instruções e incentivos para a retomada das atividades físicas, cuidados de higiene bucal e de prevenção de feridas na boca, orientações nutricionais para alívio de alguns sintomas, análises de exames e até mesmo orientações com relação aos direitos e necessidades.
“Sempre sonhei com um projeto em que eu pudesse ajudar pacientes durante o tratamento ou no pós-câncer. Iniciei minha vida profissional como fisioterapeuta nessa área, mas o objetivo acabou ultrapassando aquilo que eu imaginava, e se tornando ainda mais completo dentro das práticas integrativas, com uma visão inter e transdisciplinar. Hoje temos vários colaboradores externos que se dispuseram a ajudar nossos pacientes com parcerias de outros projetos similares”, explica Paula.
Para participar do projeto, os candidatos passam por uma triagem de pré-avaliação. A maioria deles apresentam algum tipo de sequela devido ao tratamento e precisam de orientações em diversas áreas. A Jessica Omena, 29 anos, diagnosticada com câncer de mama aos 27 anos, foi uma das primeiras pacientes do projeto que começou há seis meses. “Fui muito acolhida por todos os profissionais, que me explicaram questões que eu não sabia sobre pele, dentes e autoestima. É uma ação importante para atender mulheres como eu que estão passando por esse processo tão difícil. Nesse momento precisamos de uma palavra amiga, que eu encontrei nesse projeto, que vai muito além de uma sala de aula”, diz.
Márcia Pereira Rodrigues, aluna do curso de Estética e Cosmética, está entre os 40 alunos que fazem parte do projeto. Para ela, o cuidado integrado faz toda a diferença para o paciente. “Como diz o apóstolo Paulo, mesmo havendo muitos membros, eles formam um só corpo. Quando fizemos o nosso primeiro teleatendimento, eu pude perceber isso claramente, como que todas essas peças se encaixavam e quão satisfatório foi ver as pacientes recebendo as orientações com tanto carinho. Ter pessoas como a Nelma e a Ana Paula, por exemplo, que já passaram pelo tratamento e hoje estão no nosso time é mais enriquecedor ainda, porque hoje elas usam daquilo que um dia foi a dor delas para ajudar a outros que estão passando pelas mesmas coisas”, conta.
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