A campanha ‘Trato Feito’, criada pela Astellas Farma Brasil, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), tem como objetivo conscientizar os homens sobre a necessidade do protagonismo nos cuidados com a própria saúde e incentivar a realização dos exames de prevenção, já que eles são responsáveis por diagnosticar doenças, entre elas o câncer de próstata, em estágios iniciais, quando há maiores chances de recuperação e cura. Por isso, o Cafu vestiu a camisa da ação e mostra ao público masculino a importância de visitar o médico e desmistificar tabus.
Como ídolo de milhões de brasileiros, para o ex-jogador e capitão Cafu é essencial que haja a discussão sobre o tema. “Precisamos falar sobre a rotina de acompanhamento médico, isso é algo que deveria ser discutido frequentemente”, comenta. “A mensagem que eu deixo é que estamos falando de saúde e saúde é vida, por isso não podemos deixar de procurar um médico, não podemos ter vergonha de fazer nossos exames preventivos.”
Os dados sobre o cuidado do homem com a própria saúde são alarmantes. De acordo com a pesquisa realizada em parceria com o Instituto Lado a Lado, revista VejaSaúde e apoio da Astellas, que entrevistou mais de 2 mil homens de todas as regiões do Brasil sobre os seus hábitos e cuidados rotineiros, mais de um terço deles relataram não ir ao médico pelo menos uma vez ao ano. Além disso, 37% dos homens até 39 anos e 20% daqueles acima dos 40 só visitam o médico caso sintam algum tipo de mal-estar. Os índices são ainda mais altos nas regiões Norte e Nordeste. Para completar, mesmo que 37% dos entrevistados enxerguem o urologista como o médico do homem, 59% deles não costumam visitar esse profissional.
No cenário do câncer de próstata, os resultados da pesquisa são similares. Embora 25% dos entrevistados afirmem ter um familiar próximo já diagnosticado, 36% dos participantes com 50 anos ou mais afirmam não visitar o urologista. Desses, 10% nunca realizaram o exame de PSA (exame de sangue necessário para a avaliação diagnóstica da doença) e 35% nunca passaram pelo exame de toque retal.
Segundo o Dr. Roberto Soler, diretor médico da Astellas, esses dados mostram que os homens precisam de muito apoio e incentivo para que não deixem os cuidados com a saúde em segundo plano. “Atualmente, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Outro ponto importante a ser mencionado é que, além do câncer de próstata ser, na maioria das vezes, assintomático, não conseguimos preveni-lo. Por isso, precisamos ficar atentos aos principais fatores de risco, que são: a idade avançada (acima dos 50 anos), histórico familiar e ascendência africana”, completa.
Sobre os preconceitos e tabus que rondam os pacientes do sexo masculino, Dr. Antonio Carlos Pompeu, presidente da SBU, faz o alerta para a importância da informação. “Infelizmente, na nossa cultura, os homens são mais resistentes na busca de cuidados com a saúde de modo preventivo por se acharem fortes. Acreditam na premissa de que se não há sintomas, não há doença. No entanto, o câncer de próstata tem alto índice de cura se diagnosticado em fase inicial quando realmente não se tem sintomas. Some-se a isso ao preconceito com o exame de toque retal, que vem caindo, mas ainda existe”, comenta.
Para Cafu, conhecimento é a chave que leva aos cuidados com a saúde. “As campanhas de conscientização são essenciais para que os homens possam viver mais e com mais qualidade de vida. Assim como eu aprendi com a ‘Trato Feito’, muitos homens também podem aprender, principalmente sobre a importância de visitar o urologista ao menos uma vez ao ano, de fazer os exames de rastreamento e na identificação de sintomas. Como capitão, meu conselho aos homens é para quebrarem os paradigmas e preconceitos, quando falamos de saúde não podemos ter vergonha, precisamos nos cuidar”, finaliza.