Claudio Brito é mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group, um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology.
A mentoria profissional trabalha o momento de carreira do indivíduo. Muitas vezes, eu encontro profissionais que se deparam com o chamado “teto de vidro”, ou seja, já realizaram tudo o que poderiam em determinado momento da carreira, mas ainda querem progredir, e por isso buscam o próximo nível.
Alguns podem contar com o apoio de um mentor, profissional que tem uma experiência maior que a sua, que chegou ao topo do mercado dele e pode realmente ajudar você que está começando a sua jornada. Em uma mentoria, é possível desenvolver uma visão mais atraente do futuro, resolver conflitos a respeito da mudança desejada, alinhar metas e, principalmente, ajuda a acreditar em si mesmo e em suas capacidades.
Para quem é aplicado esse processo? Normalmente, são aquelas pessoas que estão em um momento de decisão de carreira e não sabem qual é o próximo passo
Boa parte dos meus atendimentos são oriundos do Sebrae, pelo fato de eu ter sido facilitador do Empretec — metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca desenvolver características de comportamento empreendedor e identificar novas oportunidades de negócios — o que me permitiu viajar o Brasil inteiro para prestar consultoria para empreendedores.
Depois dessa experiência no Sebrae, decidi seguir com minhas próprias pernas e montei minha empresa, a Global Mentoring Group e hoje eu estou em Lisboa, para realizar esses treinamentos também em Portugal. Embora o Empretec fosse um programa que eu gostava muito de fazer, me proporcionasse um bom ganho financeiro, eu buscava mais e acabei conseguindo realizar meus objetivos.
Dessa forma, com meu exemplo particular, acabei me tornando referência para as pessoas, de modo que eu posso ajudá-las a tomar as melhores decisões antes de fazer algo que muitas vezes pode ser um rompante, de uma hora para outra, e que pode acabar sendo equivocada ou no momento errado. Com a mentoria, você consegue se preparar melhor para esse momento.
Outro público que também pode se beneficiar muito com a mentoria é o dos jovens que estão iniciando a carreira profissional. O ideal é que ele consulte um mentor ou orientador antes mesmo de decidir qual curso seguir. Sabemos hoje que a universidade como todo passa por uma dificuldade muito grande. Os cursos oferecidos na atualidade formam para um ambiente hostil e que muitas vezes não existe mais. É uma criação, é uma doutrinação, para um ambiente que já é passado. É preciso pensar no futuro.
Se o jovem buscasse um mentor antes de iniciar a carreira profissional, ficaria mais fácil decidir em qual momento ele deve seguir. Mas normalmente, isso não acontece. A pessoa só vai se preocupar quando for procurar emprego e acaba percebendo que há um leque de novas profissões, gente que busca carreira no serviço público por meio de concurso, outros que decidem empreender. Então, ela acaba ficando com um ponto de interrogação na cabeça: “Será que vou ser mais um?”.
Quando a pessoa quer decidir o próximo passo, ela pode fazer o treinamento e tomar a melhor decisão. Muitos optam em fazer o programa para conseguir aprender a virar um mentor e a orientar as pessoas a darem o próximo passo. Não se trata de resolver questões do passado ou dores emocionais de situações já passadas – não se vai analisar os porquês de o Mentee ser do jeito que é.
O mentor não deve apenas se basear em sua experiência; é importante que ele busque melhorar a si próprio, para então conseguir auxiliar os Mentees a evoluir, além de procurar aumentar suas habilidades-chave, encontrar fontes de motivação contínua, remover barreiras mentais, modificar atitudes e comportamentos problemáticos que reduzam sua efetividade.
Um Mentor efetivo deve entender o Mentee como alguém com infinitas possibilidades e com todos os recursos de que precisa para realizar mudanças. Além de perceber que todo comportamento tem um propósito positivo: não existe “fracasso”, tudo é feedback.