Mais de 150 empresas brasileiras posicionaram-se publicamente e disseram não ao confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de suprimentos. Algumas delas já adotam estratégias sustentáveis e eficientes para avançar nessa pauta. A rede hoteleira Accor é a primeira destacada na série de estudos de caso “Compromisso em Ação”, criada pela Mercy For Animals no Brasil (MFA) para empresas que compartilham seus avanços em direção ao bem-estar animal.
A Accor tem inovado em sua forma de priorizar a sustentabilidade e o bem-estar animal, com foco na agenda ESG (ambiental, social e de governança). O bem-estar animal é um tema social que torna-se cada vez mais relevante para consumidores e investidores. Ao avançar em sua estratégia de banir galinhas confinadas, a Accor se alinha aos critérios sociais e ambientais do ESG, demonstra sua preocupação com o bem-estar animal e fortalece sua reputação como empresa socialmente responsável.
“A sustentabilidade está no centro de nossa estratégia empresarial, como tema transversal a todas as áreas da empresa e um caminho de melhoria contínua que envolve stakeholders internos e externos”, conta o gerente de Sustentabilidade da rede, João Dias. A maior parte dos clientes valoriza o impacto social.
Accor aponta que cerca de 58% dos viajantes consideram importante que sua viagem seja benéfica para a comunidade local em seu destino, o que motiva a empresa a incentivar a conexão entre os hotéis e seus ecossistemas locais. Isso inclui trabalho com as comunidades, proteção à natureza, animais e recursos. A hospitalidade, complementa João, é uma forma de sensibilização e educação para a sociedade. Entre os temas estratégicos para a Accor, as cadeias produtivas de alimentos e bebidas são itens determinantes para a mitigação do impacto negativo ao planeta. “Fomentar em nossos hotéis, bares, restaurantes e coworkings, a alimentação de baixo carbono, que privilegie alimentos plant-based e de origem local é uma forma inteligente e saudável de redução de impacto ao planeta”, diz o executivo.
Para desenvolver essa estratégia, a Accor conta com o apoio do time de profissionais do EscolhaVeg, programa operado pelo MFA. “Trabalhamos juntos na busca de soluções alternativas aos ovos a fim de reduzir custos e volume deste ingrediente em nossos produtos, reformulando receitas e optando por alternativas 100% vegetais. Além disso, recebemos consultoria para que a Accor expanda o portfólio de opções à base de plantas nos cardápios dos hotéis”, comenta o executivo
Renata Scarellis, diretora de Políticas Corporativas da MFA, afirma que o volume de empresas publicamente comprometidas a não trabalhar com ovos de galinhas confinadas avança no Brasil, bem como no mundo, e que organizações de proteção animal como a Mercy For Animals acompanham esse movimento, incentivando empresas a se posicionarem publicamente sobre o tema e a avançarem na implementação de suas políticas de bem-estar animal. Segundo a executiva, no mundo todo, já são mais de 2000 empresas engajadas com essa pauta.
“Acompanhamos o progresso de diversas empresas e sabemos que compartilhar boas práticas é fundamental para inspirar aquelas que estão iniciando seu engajamento com a pauta de bem-estar animal. Esperamos que, com acesso a essas estratégias, o mercado possa avançar ainda mais rumo ao fim das gaiolas na indústria de ovos”, finaliza Renata. Estima-se que no Brasil 95% da produção na indústria de ovos seja em sistemas de confinamento.
A rede Accor, que conta com mais de 5.300 hotéis pelo mundo e acima de mais 320 no Brasil, continuará ampliando suas boas práticas para finalizar a transição e não trabalhar com ovos de galinhas confinadas em gaiolas, com foco na comunicação, no rastreamento de sua cadeia de suprimentos e na transparência com o time interno sobre os avanços em sua transição. O relatório completo com o estudo de caso da Accor já está disponível para download no site
https://mercyforanimals.org.br/compromisso-em-acao/.