Mesmo com o crescimento de mulheres no mercado de trabalho, o empreendedorismo feminino ainda passa por algumas dificuldades. Não por acaso, esses problemas se intensificaram durante a pandemia do novo coronavírus. Assim, a maioria delas precisaram se reinventar e buscar formas de contornar as dificuldades financeiras desse momento.
De acordo com o Sebrae, as mulheres são as responsáveis pelo maior número de novos empreendimentos no Brasil e também são maioria quando o assunto é empreender por necessidade. Em contrapartida, mais da metade dos negócios fecham devido às dificuldades de gestão e falta de tempo para se dedicar à empresa. Enquanto isso, segundo dados da startup de gestão empresarial Chsys, apenas 15% das empresas brasileiras estavam preparadas para lidar com as consequências do novo coronavírus.
Tudo isso é um reflexo da sociedade que ainda precisa intensificar a conscientização e apoio às mulheres empreendedoras, já que, em diversos casos, além de se dedicar ao trabalho, elas precisam cuidar da família e lidar com jornadas duplas.
Apoio
Márcia Machado, empresária, mãe e diretora do Espaço Colaborativo Amor de Mãe, em BH, comenta que o principal meio de valorizar e incentivar o empreendedorismo feminino é por meio do apoio aos negócios locais. “Principalmente agora, com a pandemia do coronavírus, as mulheres precisam contar umas com as outras. Essa pandemia vai afetar negócios de todos os setores. As mulheres que já sofriam com algumas dificuldades poderão ter ainda mais problemas. Por isso, a sororidade se tornou ainda mais importante”, diz.
Planejamento
E, para quem possui algum negócio, Márcia destaca a importância do planejamento. “Para minimizar os impactos, é importante pensar em formas de sobreviver ao momento. Faça um planejamento estratégico levando em consideração o seu público, o seu produto, os gastos etc. Coloque tudo no papel! Veja onde é possível reduzir gastos e não tenha medo de se reinventar. Procure outros nichos e adapte o seu negócio”, indica.