Na próxima sexta-feira, dia 4 de dezembro, às 18h, acontece a live de lançamento da obra TXOW, escrita pelo alagoano Lucas Litrento, vencedor da primeira edição do Prêmio Delfos de Literatura 2019, organizada pela PUCRS Cultura, em parceria com a Editora Universitária da PUCRS (Edipucrs). O objetivo do concurso Prêmio Delfos de Literatura 2019 foi premiar uma obra literária inédita no gênero conto, destinada ao público adulto, escrita em língua portuguesa, por autores de nacionalidade brasileira ou estrangeira, desde que residentes no Brasil. No mesmo ano, TXOW também foi ganhador do Prêmio Malê de Literatura.
A conversa de lançamento do livro acontece com a presença do autor Lucas Litrento, os convidados Allan da Rosa e Carol Rodrigues e conta com a mediação do escritor e professor Reginaldo Pujol Filho. A transmissão da live é realizada através do Facebook da PUCRS Cultura e do Canal da PUCRS no YouTube – onde fica disponível para acesso posterior.
Sobre o livro
Vencedor do Prêmio Delfos de Literatura, em decisão unânime do júri, os contos de TXOW não se resumem a uma forma ou temática. Em suas epígrafes, consagrações e citações convivem Racionais MC’s, Lygia Fagundes Telles, João Antônio, Djonga, Cortázar, Carol Rodrigues, crônica, conto, rap, mitologia, poesia. É possível dizer que nas vozes e nos enredos do livro, as referências e os diálogos misturam-se, transformam-se de um texto a outro, numa escrita forte, ritmada e potente. Os contos trazem para o primeiro plano uma Maceió que não está nos guias turísticos, longe do mar. A Maceió do bairro do Biu, da linha de ônibus “704 – Ben. Bentes/Ponta Verde/Via Santa Lúcia”. Nesses espaços, a violência policial, o amor entre duas meninas, racismo, um instante de fúria, uma solidão compartilhada, a ascensão e queda de um rapper, um tenso jogo de sonho e realidade encontram-se e se desencontram, tocam-se como passageiros de um ônibus dividindo a mesma jornada.
Confira a playlist do livro criada pelo autor no Spotify.
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Sobre o autor
Lucas Litrento nasceu em 1997, vive na parte alta de Maceió (AL). É escritor, realizador cinematográfico e produtor cultural. Estuda Jornalismo na UFAL e integra os coletivos Mirante Cineclube e Pernoite. Lançou seu primeiro livro, Os meninos iam pretos porque iam, de poesia, em 2019. Em 2020, lançou o zine de poesia ROBYN, de forma independente. TXOW (2020), foi vencedor do primeiro Prêmio Delfos de Literatura e do Prêmio Malê de Literatura. Realizou o curta-metragem círculos (2020), contemplado no edital Arte como Respiro, do Itaú Cultural. Assina roteiro e direção, com Janderson Felipe, do curta-metragem Samuel foi trabalhar (em produção). Tem textos jornalísticos e literários publicados em revistas eletrônicas e portais culturais.
Sobre os convidados
Allan da Rosa é escritor e angoleiro. Integra desde o princípio o movimento de Literatura Periférica de SP e foi editor do clássico selo Edições Toró. Historiador, mestre e doutorando na Faculdade de Educação da USP, ali, na ocupação do Núcleo de Consciência Negra, fez cursinho e foi professor e alfabetizador. Pesquisa e atua em ancestralidade, imaginário e cotidiano negro. Há anos organiza cursos autônomos de estética e política afro-brasileira em várias quebradas paulistanas. Já palestrou, recitou, oficinou e debateu em rodas, feiras, universidades, bibliotecas e centros comunitários de muitos estados do Brasil e por Cuba, Moçambique, EUA, entre outras paragens. É autor de Da Cabula (Prêmio Nacional de Dramaturgia Negra, 2014), Zagaia (juvenil), dos livros-CD A Calimba e a Flauta (Poesia Erótica, com Priscila Preta) e Mukondo Lírico (Prêmio Funarte de Arte Negra, em 2014), além do ensaio Pedagoginga, Autonomia e Mocambagem e outras obras.
Carol Rodrigues nasceu em 1985, no Rio de Janeiro, é autora dos livros Sem Vista Para o Mar (2014, Edith), que venceu os prêmios Jabuti e Biblioteca Nacional na categoria Contos, ilhós (2017, e-galáxia) e O Melindre nos Dentes da Besta (2019, 7Letras). Trabalha com curadoria literária na Biblioteca Mario de Andrade, escritas de roteiros audiovisuais e oficinas de criação literária. É formada em Imagem e Som pela UFSCar e tem mestrado em Estudos de Performance pela Universidade de Amsterdam. Participou de festivais literários como FLIP, Feira do Livro de Guadalajara, Bienal do Livro de São Paulo, Festival Pessoa em Nova Iorque e Lisboa. Vive em São Paulo.
Sobre o mediador
Reginaldo Pujol Filho é escritor e professor. Possui doutorado e mestrado em Escrita Criativa pela PUCRS e pós-graduação em Artes da Escrita pela Universidade Nova de Lisboa. É autor dos livros Não, não é bem isso (2019), Só faltou o título (2015), Quero ser Reginaldo Pujol Filho (2010) e Azar do personagem (2007). Escreve ensaios, críticas e resenhas para veículos como Folha de SP, O Globo, Zero Hora, Suplemento Pernambuco, entre outros. Ministra cursos e workshops de literatura e escrita criativa.