Referência em inclusão social no país, o Cais – Centro de Atendimento e Inclusão Social – está se mobilizando para ampliar o atendimento presencial às pessoas com deficiência, em sua maioria carentes, seguindo à risca todos os protocolos de prevenção ao coronavírus. Prestes a emplacar 50 anos, a organização social, com sede em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, acolhe também pessoas da capital e de municípios próximos. As ações contemplam todas as faixas etárias, de bebês a adultos, e as famílias são devidamente acompanhadas. Mensalmente, os atendimentos beneficiam 500 pessoas, mas os entraves financeiros ameaçam a ampliação dos serviços.
Em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), o Cais prioriza atenção clínica a pessoas com deficiência intelectual e autismo, bebês prematuros ou que sofreram algum tipo de intercorrência durante o parto. Atende também crianças com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho também é destaque entre as ações da Instituição. Até hoje cerca de 450 pessoas já foram contratadas por empresas parceiras.
Impactos da da pandemia levaram a ações estratégicas
No decorrer da pandemia, o equilíbrio das contas e a ampliação das ações sofreram impacto significativo o que tem levado a Instituição a buscar novos parceiros e buscar novas saídas para a sua sustentabilidade e ampliação dos atendimentos.
A formação para atendimento a pessoas com deficiência também se destaca entre os programas desenvolvidos pelo CAIS. De acordo com a superintendente Cristina Abranches, mais de 50.000 profissionais de todo o país já foram capacitados nas diversas áreas de atuação do CAIS. “A cada professor que formamos, muda-se a vida de 30 alunos e, a cada emprego formalizado, a vida de mil funcionários. Lutamos por uma sociedade inclusiva e que provoque mudança”, frisa Cristina Abranches.
Mesmo com a pandemia o CAIS prosseguiu atendendo na modalidade virtual, oferecendo suporte às crianças e suas famílias, além dos trabalhadores apoiados nas empresas. Em outubro do ano passado, retomou o atendimento presencial, priorizando aqueles que não conseguiram se beneficiar do atendimento virtual os casos maior urgência. O retorno gradual dos assistidos já chega a 30%, e a meta, afirma Cristina Abranches, é ampliar esse acesso sobretudo para o público infantil.
Atenção e acolhimento às famílias geram excelentes resultados
A dona de casa Joelma Silveira de Souza, 34 anos, recorreu ao Cais quando seu filho Kelvin, de 3 anos, foi diagnosticado, aos dez meses, com a síndrome Cri-du-chat, mais conhecida como síndrome do miado de gato, doença genética rara que pode levar ao atraso no desenvolvimento intelectual, neuropsicomotor e até, em casos mais graves, ao comprometimento do coração e dos rins. Por seis meses, o atendimento de Kelvin foi remoto, e as sessões voltaram a ser presenciais em março deste ano. Segundo a mãe, sem o apoio do Cais, o progresso no acompanhamento do filho jamais teria sido alcançado. “Não temos como custear esse tratamento, seria impossível”, afirma, revelando que a atenção, o carinho e o profissionalismo da equipe multidisciplinar são imprescindíveis na evolução do quadro de Kelvin. “São todos profissionais sensacionais, fazem toda a diferença em nossas vidas”, comemora.
A diretora presidente do Conselho Deliberativo do Cais, Eliana Tameirão, destaca as ações inovadoras e pioneiras que marcaram este meio século de história. “Sempre buscamos garantir a autonomia dos excluídos. Nossa meta é o aprimoramento, a excelência, não o mais ou menos”, afirma.
Para apoiar as causas do Cais, doações podem ser feitas por meio de apadrinhamento, on-line, incentivo fiscal, dedução do imposto de renda e pelo telefone (31) 97178-0935. Mais informações sobre formas de contribuição no site http://www.cais.org.br.