De acordo com o último relatório do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, só em 2019 houve um crescimento de 27,2% das ocorrências de injúria racial dentro do universo futebolístico, comparado ao ano anterior. Já um levantamento do Globo Esporte revela que 48,1% dos técnicos e atletas negros das Séries A, B e C do Brasileiro já foram vítimas de racismo ao longo da carreira. Medidas e protocolos vêm sendo tomados por parte das confederações e federação para combater esse tipo de violência no futebol. Diante dos crescentes casos de racismo dentro e fora dos gramados, inclusive contra seus próprios jogadores, o Fortaleza Esporte Clube lança a campanha Alvos do Racismo.
Na noite da última quarta-feira (02), em partida do Brasileirão contra o Corinthians, na arena Castelão, os jogadores negros da equipe fortalezense deram lugar às tradicionais listras horizontais azul e vermelha da camisa para um alvo. Aplicado nas costas das camisas dos jogadores, o símbolo traduz o sentimento carregado diariamente por esses e tantos outros atletas que são perseguidos por atos de racismo, seja ao entrarem e saírem do gramado ou na vida cotidiana. Criada e desenvolvida pela HavasPlus, a iniciativa promove a luta contra uma das principais e mais antigas violações enfrentadas por negros e negras. O objetivo é ampliar o debate, estimular o combate à violência racial para além das arquibancadas e começar uma petição para punir Injúria Racial como crime de racismo na Lei do Esporte.
Veja o vídeo: https://youtu.be/mvmzCS1E3TY
“Clube de futebol tem uma função social importante porque tem um poder enorme de comunicação, de fazer a mensagem chegar no grande público, que tem a atenção de como o clube fala e se posiciona. A temática do racismo é algo que sempre teve sua relevância, mas, de forma mais recente, diante dos últimos acontecimentos no Brasil e em outros países, tem tomado uma proporção muito grande e é necessário que a gente se posicione. Não basta não ser racista, tem que ser antirracista, tem que combater qualquer tipo de discriminação de cor. O Fortaleza tem uma história de luta, de se posicionar e de abranger todas as cores. Tivemos ídolos, jogadores, treinadores, negros, brancos, sem qualquer distinção, sempre foram abraçados pelo clube. Então entendemos a importância de se posicionar com essa ação que foi projetada”, afirma o presidente do Fortaleza Esporte Clube, Marcelo Paz.
A iniciativa também tem apoio de influenciadores, jornalistas esportivos e atletas brasileiros de diversas modalidades, que também receberam a edição do manto e estão contribuindo com manifestações em apoio à causa nas redes sociais.
“O racismo deve ser apontado e punido, não interessa onde ele aconteça. E o esporte tem tido cada dia mais casos de atletas sendo alvo de racismo dentro e fora das arenas em todo o país”, diz Juliano Almeida, diretor de criação da HavasPlus. “Por isso, mais do que uma ação para levantar a questão, ela vai além e começa um movimento para que Injúria Racial vire crime de racismo na Lei do Esporte”, complementa Melissa Pottker, também diretora de criação da agência.
Ficha Técnica:
Agência: HavasPlus
Cliente: Fortaleza Esporte Clube
Título: Alvos do Racismo
CCO: Alexandre Vilela (Xã)
Diretor de criação: Alexandre Vilela (Xã), Melissa Pottker e Juliano Almeida
Diretor de arte: Nuno Mendes, Felipe “Cauby” Martins e Zara Veasey
Redator: Willian Graniero, Leonardo Milani, Marconi Filho e Juliana Longano
Producers: Anna Ferraz, Rafael Paes e Beatriz Rossi
Diretores de Conta: Eduardo Sarti, Carolina Delalibera e Roberta Sanches
Supervisores de Atendimento: Henrique Pecego e Carolina Abreu
Head de Mídia: Jairo Soares
Diretora de Mídia: Andrea Santos Ferreira
Gerente de Mídia: Bruno Capitani
Planejamento: Eduardo Loureiro
Produtora do filme: Madre Mia
Coordenadora de produção: Ana Paula Domingues
Diretor: Brankinho Sá
Assistente de direção: Jardel Batista de Sousa
Produção Executiva: Telma dos Reis
Atendimento: Renata Sabino
Coordenadora de produção: Ana Paula Domingues
Montador: Tiago Hasegawa
Aprovação cliente: Márcio Persivo