As novas tecnologias têm movimentado o mercado de alimentos no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), startups voltadas para o setor são as que mais crescem no país. Alguns casos de sucesso começam a entusiasmar o mercado e criar novas expectativas. De acordo com o Liga Insights, o país conta com 332 startups voltadas ao segmento de alimentos, com soluções que agilizam processos desde a produção à entrega.
É o caso da Menu (www.menu.com.vc) startup que surgiu para facilitar a vida do empreendedor que atua no setor de alimentação fora do lar (AFL). De acordo com uma pesquisa realizada por eles, o dono de um restaurante tem em média 70 entregas de produtos e relacionamento com até 18 diferentes fornecedores por mês. Pensando nessa dor, a startup criou uma sistema para otimizar a gestão de compras e estoque de pequenos e médios comerciantes.
Leonardo Almeida, diretor executivo da Menu comenta que a plataforma da startup possibilita a venda direta de produtos de uma indústria para dono de uma pizzaria, por exemplo. “Sem nem precisar se deslocar até os atacadistas, o comerciante resolve tudo pelo seu celular ou computador e os produtos são entregues em menos de 24h em um único pedido, mesmo que sejam de fornecedores diferentes. E a nossa vitrine é inteligente: ela aprende com as compras e, quando o cliente acessa a plataforma, dá de cara com os produtos ligados ao seu nicho de negócio”, explica Leonardo.
O objetivo da Menu é consolidar todas as interações entre comerciante e o varejista numa única plataforma, sem interrupções que prejudiquem o andamento do dia a dia do lojista. Outra vantagem que a startup oferece é um limite de crédito para compra. Funciona assim: um empreendedor que está começando às vezes encontra dificuldade em ter crédito com grandes empresas que ofertam um prazo de pagamento curto. Então, a startup faz esse pagamento diretamente à indústria.
Já os fornecedores ganham com uma estrutura complementar de venda, a Menu permite um acesso a um cliente que até então, por conta do número pequeno de pedidos e do custo da logística, estava fora de seu escopo. “Conseguimos também aumentar o preço médio de venda. Por exemplo: o atacadista que paga R$ 10 num produto e revende por R$ 13, consegue através do nosso aplicativo vender o mesmo produto, lá na ponta, por R$ 13. Ela paga comissão para gente, mas o que antes rendia R$ 10, agora rende R$ 11,50, já descontada a nossa comissão”, diz, e completa: “Mesmo pagando a nossa taxa, a indústria ganha mais do que antes”.
Os comerciantes e varejistas ganham tempo, dinheiro e crédito durante o processo de compra, além da comodidade as entregas. E ao mesmo tempo os distribuidores alcançam uma nova cartela de clientes através das sugestões geradas pela plataforma.