As doenças reumáticas ainda representam um desafio significativo para milhões de pessoas em todo o mundo, resultando em dor, inflamação e uma série de impactos na qualidade de vida. Assim, a campanha Fevereiro Roxo possui grande importância para a população, criada em 2014 seu objetivo é dar visibilidade a essas doenças e aumentar o nível de informação das pessoas sobre seus sintomas.
Segundo a presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, Maria Fernanda Guimarães, o Lúpus é uma doença reumática que afeta principalmente mulheres entre 20 e 45 anos e pode acometer diversos órgãos e sistemas. Dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia apontam que mais de 65 mil brasileiros convivem com essa condição, que pode ser debilitante e complexa de diagnosticar e tratar.
Outra condição discutida é a Fibromialgia, cuja pesquisa “A prevalência da fibromialgia no Brasil” revelou que há aproximadamente quatro milhões de pacientes no país, sendo a grande maioria mulheres (75% a 90%). Maria Fernanda enfatiza a necessidade de atenção a essa condição, que muitas vezes é mal compreendida e subdiagnosticada.
No entanto, a especialista ressalta que esta não é apenas uma campanha de conscientização, mas também um chamado para a importância do diagnóstico precoce. Identificar doenças reumáticas em seus estágios iniciais pode ser crucial para oferecer tratamento adequado, reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
“É uma jornada que começa com a informação e a educação”, afirma. Ela enfatiza a importância de disseminar conhecimento sobre essas condições para que mais pessoas possam reconhecer os sintomas precocemente e buscar ajuda médica adequada.
Diante dessas informações, fica evidente a necessidade de uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde, pacientes e a sociedade em geral na luta contra as doenças reumáticas. Com conscientização, diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível oferecer uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam esses desafios diariamente.