A indústria da construção tem trabalhado para diminuir sua pegada ambiental. Na segunda parte do Webinar BW Perspectivas: Visão da Indústria da Construção, uma realização do Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), executivos de quatro empresas do setor comentam sobre as ações desenvolvidas para a preservação do meio ambiente. O programa foi transmitido no dia 17 de novembro.
Para reduzir as emissões de CO2, a Sandvik promove ações, como metas agressivas de redução de uso da água, a cultura de não impressão e ter 90% de sua frota abastecida com etanol. A exceção são as caminhonetes a diesel. A empresa também tem investido em caminhões, carregadeiras e perfuratrizes à bateria. Victor Becattini, vice-presidente da Sandvik Mining and Rock Technology no Brasil, contou que a companhia faz a compra de bits usados dos clientes para exportar para sua fábrica na Índia, que reaproveita todo o aço e tungstênio.
Na Tracbel, o destaque fica por conta do programa vendas responsáveis, cujo objetivo é monitorar todo o ciclo de vida dos equipamentos agrícolas e de construção e de caminhões comercializados pela empresa, a fim de que o ativo não seja utilizado em atividade ilícitas. “Todo o equipamento pode ser um bem de produção ou um bem de destruição e não queremos que esse último fato aconteça. É nossa responsabilidade”, disse Luiz Gustavo Rocha de Magalhães Pereira, CEO do Grupo Tracbel. A companhia ainda conta com outros programas na área ambiental, como tratamento de resíduos e reaproveitamento de água em todas as filiais, além da aprovação do investimento em energia solar para suas 30 unidades.
Patricia Herrera, gerente Geral da MOBA Brasil, afirmou que a empresa prioriza a sustentabilidade nas operações, por isso conta com um portfólio de tecnologias que podem ser aplicadas, por exemplo, ao processo construtivo de rodovias, com o intuito de que não haja desperdício ou gasto excessivo de materiais, garantindo a qualidade da pavimentação e menos gasto de combustível para o motorista. Tratou também da diferença de tecnologia para gestão de resíduos no Brasil e na Alemanha. “Quando um caminhão chega em uma casa alemã para fazer a coleta, é feito o peso do resíduo e o morador, identificado como um gerador, recebe o imposto/cobrança por isso”.
Já a Trimble desenvolve um relatório socioambiental global, onde declara toda as suas ações. “Estamos seguros que a nossa tecnologia traz mais produtividade e assertividade dentro do trabalho, resultando em benefícios ao meio ambiente, pois quando a execução é feita de forma correta na primeira vez, há menos gasto de materiais e de recursos”, comentou Franco Ramos, gerente de Desempenho de Canal da Trimble, que acrescentou que a governança é muito importante para evitar greenwashing.