Mesmo em um cenário de crise – acentuada pela persistência da pandemia por quase um ano e meio e, consequentemente, das medidas de distanciamento social –, as contratações pelas empresas estão acontecendo. Conforme os dados divulgados recentemente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertas 120,9 mil vagas formais no país, em abril. O saldo acumulado, em 2021, chega a 957,9 mil novos postos. Diante disso, o CEO da Prime Talent, David Braga, reforça que as organizações, nos mais diversos setores, estão em busca daqueles profissionais considerados talentos. Por isso, aprimorar as habilidades e capacitações e estar bem preparado para participar de um processo seletivo são aspectos fundamentais para quem pretende aproveitar as oportunidades.
O foco das corporações, de acordo com Braga, é encontrar colaboradores com profundidade técnica e com o maior número possível de competências e habilidades, as tão faladas soft skills. Isso vale desde a escolha do estagiário até o presidente. “Em minha atuação como headhunter, conduzo projetos nos mais variados níveis hierárquicos estratégicos, para empresas de diversificados portes, nacionais ou internacionais. Posso afirmar que a maioria delas continua atrás – mais do que nunca – dos talentos, para obter melhores resultados e com menos recursos”, destaca.
Entre as principais soft skills desejadas, destacam-se: resiliência e flexibilidade; controle emocional; planejamento; gestão de crise e comunicação; tomada de decisão; pensamento digital; autoconhecimento; atitude; cooperação; visão de negócios; e adaptabilidade. “Diante de uma crise, é fundamental criar caminhos alternativos e propor soluções para as questões que se apresentam. Ser criativo, ousado, disruptivo, ter abertura mental e diplomacia para lidar com contextos econômicos e empresariais cada vez mais complexos”, acrescenta Braga.
Atualmente, os desafios são maiores que os enfrentados em outros momentos, especialmente para os colaboradores em funções de liderança. Assim, o CEO da Prime observa que é essencial aprofundar o conhecimento sobre o segmento em que estiver inserido. “Ainda que a atuação seja em home office, deve-se conhecer a empresa, os processos, as áreas de interface, os produtos/serviços, os diferenciais competitivos, a concorrência e a cadeia produtiva para contribuir de forma assertiva”, detalha. Já a adaptabilidade é uma competência primordial, uma vez que adequar tecnologias, pessoas e modelos de negócio aos novos tempos é garantir a perenidade das empresas e dos empregos.
Recrutamento
Estar bem preparado para o processo seletivo também é fundamental. Nesse caso, deve-se procurar o equilíbrio durante a entrevista de emprego. “Não é interessante que você domine a conversa, inclusive sendo prolixo. Tampouco seja resumido demais, pois ambos os casos denigrem sua imagem durante o recrutamento. Muitos candidatos apresentam esses modelos na entrevista e são reprovados, pelo simples fato de banalizarem suas carreiras”, argumenta o CEO da Prime.
Ele orienta quem almeja um novo posto de trabalho a expor, de forma cronológica, seus feitos e resultados, ressaltando sempre o contexto com o qual se deparou ao assumir uma posição. Por exemplo, a empresa estava sendo reestruturada? Estava quase indo à falência? Ou registrava crescimento? A área estava organizada ou foi preciso demitir e contratar novos profissionais? A riqueza de detalhes, na medida certa, mostra o que foi desenvolvido em cada uma das funções, bem como o que foi realizado para entregar a demanda com sucesso.
Sobre a Prime Talent
A Prime Talent é uma empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Seu CEO, David Braga, já avaliou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil executivos, selecionando para clientes Latam. É também autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você” e professor convidado da Fundação Dom Cabral (FDC) para matérias de gestão de pessoas. Além disso, exerce a função de embaixador da ChildFund, eleita, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 melhores ONGs do Brasil, que apoia crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade.
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Jaqueline da Mata
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