Paula Tebett é criadora de conteúdo, especialista em marketing digital e empreendedora apaixonada por comunicação. Tem experiência de mais de 10 anos em Marketing e hoje atua como consultora e palestrante, ministrando treinamentos em mídias sociais.
Não é um formato novo, nem uma ideia nova. Um podcast é, basicamente, um programa de rádio que fica à sua disposição para ser ouvido em sites e aplicativos especializados. Você pode escutar quando quiser. E já deve ter ouvido um. Isso é só uma questão de probabilidade, porque se você é um usuário ativo da internet, é possível que esteja inserido na grande parcela de pessoas que consome esse tipo de programa. Uma pesquisa de 2019 do Ibope mostrava que mais de 40% dos internautas brasileiros ouviam podcasts, número que, certamente, já aumentou. Outro dado importante é que o Brasil é o segundo maior consumidor de podcasts do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Então, consegue imaginar como usar esses números a favor do seu negócio ou da sua marca pessoal?
A dica que eu dou é investir nesta forma de se comunicar. Primeiro porque ela depende de pouquíssimos recursos técnicos. Com um smartphone e um aplicativo como o Anchor, por exemplo, você pode gravar o seu programa conectando pessoas remotamente e publicar em todos os tocadores de podcasts. É bem fácil, principalmente se comparado à necessidade de equipamentos e mão de obra necessários para produzir um vídeo. Tenha em mente que ter um conteúdo multimídia autoral te ajuda a ter engajamento e facilita o seu posicionamento. Outro fator importante é que é um primeiro passo para quem quer falar e ainda não tem segurança para aparecer no vídeo. Quem sabe apenas com o áudio tudo não flui melhor neste momento?
É importante destacar mais um dado: o formato de áudio está tão presente na vida dos internautas brasileiros, em todas as plataformas, que o maior tocador de podcasts ainda é o… YouTube! Mesmo sendo uma plataforma de vídeos, a maior de todas, o conteúdo do YouTube hoje é muito voltado aos áudios, seja em músicas ou programas. É claro que dependem da composição, mesmo que simples, com uma imagem para se tornar um produto audiovisual. Mas, se você quer se utilizar dos recursos de áudio para marcar posição, deve disponibilizar seu programa por lá. O aplicativo já Spotify percebeu bem onde pode concorrer com o YouTube, e anunciou no último dia 21 que vai disponibilizar imagens para alguns podcasts, começando com conteúdos selecionados. A novidade vai ser para todos os dispositivos, e, de acordo com a empresa, vai aproximar o ouvinte de quem produz os conteúdos, que gostam tanto de ouvir quanto assistir a programas. A vantagem é que o recurso do Spotify poderá ser usado com o aplicativo minimizado, se você só quiser ouvir mesmo. Ponto para o conteúdo em áudio, neste caso.
Além disso, vale pensar no áudio como a maneira mais simples e rápida de levar informação a alguém. E ele pode ser derivado de um podcast ou fazer o caminho contrário. Sabemos que os áudios via Whatsapp, Telegram, Messenger, Instagram e até no Twitter (para quem usa o sistema IOS) já fazem parte da nossa forma de conversar, contar histórias, entreter e transmitir conhecimento. O áudio é um tipo de mídia que pode virar até uma aula em algum grupo de mensagens, por exemplo. Com poucas edições uma conversa vira um podcast, e um podcast entra nas conversas.
Tão prático quanto produzir um conteúdo em áudio é consumir um do mesmo tipo. Isso ajuda a entender a força dos podcasts, escutados enquanto fazemos alguma tarefa rotineira, estamos no trânsito ou em atividades físicas. É uma boa ideia pescar as referências nos melhores podcasts, entender o público que você pretende atingir, como em todo negócio, e começar a produzir, se guiando pelos princípios básicos de sempre: informação, relevância e autenticidade. Sua marca e suas ideias podem chegar aos ouvidos de todos.