Consagrada dentro e fora do Brasil, a Cia. PeQuod Teatro de Animação comemora 21 anos realizando sua primeira opereta, Pinóquio, originalmente criada para o grupo pelo maestro Tim Rescala, sob direção de Miguel Vellinho, que idealizou todo o espetáculo. Belo Horizonte é a segunda cidade a receber a montagem com ares circenses, que estreou em dezembro no CCBB Rio e fica em cartaz com apresentações presenciais na capital mineira de 4 a 28 de março, no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB BH. A fábula é fiel ao original “As Aventuras de Pinóquio”, do italiano Carlo Collodi (1826-1890), publicada em 1883: a trama inclui moral, educação e, é claro, o banalizado culto à mentira que contamina a vida no mundo contemporâneo. O boneco de madeira que sonha ser gente passa por um rito na busca de ganhar alma e corpo humano.
No universo do circo, em cenário criado pela premiada Doris Rollemberg, a história promete encantar toda a família. Estão no elenco, como Pinóquio, a atriz Liliane Xavier – uma das mais antigas atrizes da Cia – Mona Vilardo, Maria Adélia, Marise Nogueira, Marcio Nascimento, João Lucas Romero e o barítono Santiago Villalba. Os figurinos são de Kika de Medina, a iluminação de Renato Machado, o visagismo é de Mona Magalhães e os bonecos de Eduardo Andrade.
Com texto e canções originais de Tim Rescala, a PeQuod renova com o grande artista a parceria inaugurada em “A feira de maravilhas do fantástico Barão de Münchausen”, montagem de sucesso estreada em 2015 que conquistou diversas indicações ao Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil e três importantes vitórias (Produção, Direção e Interpretação masculina). PinóQuio é a segunda parte de uma trilogia que une mais uma vez Tim Rescala à PeQuod, em prol de uma investigação da literatura infantil universal.
“Este novo trabalho traz vários desafios, como a PeQuod sempre faz desde sua fundação. É a nossa primeira opereta. Já visitamos a performance, a dança e até uma montagem com forte caráter performático, caso de ‘A última aventura é a morte’, de Heiner Müller, estreado em 2018 também no CCBB. Agora, os atores experimentam as artes circenses, cantam e interpretam numa fábula que possui links com o que está acontecendo com o Brasil e com o mundo contemporâneo, contaminado por uma espécie de culto à mentira”, destaca o diretor Miguel Vellinho.
Segundo o encenador, a discussão da mentira, de porquê mentir, da desvalorização da educação, são temas que reforçam a proposta de Collodi há 150 anos. “Com efeito, também pretendemos promover uma discussão sobre os caminhos do que se convencionou chamar de teatro infantil. Até porque a montagem flagra um rito de passagem do Pinóquio, o fio condutor nem sempre é doce, nem sempre é alegre, é uma história de muitos conflitos e problemas colocados na vida do Pinóquio. Será bonito ver a criança indo junto nesta transformação dele”, conta o diretor.
O circo, mote e fragmento significativo da história original de Collodi, amarra os aspectos visuais da montagem e lança toda a equipe em novas investigações nesse campo de expressão. Entre a ingenuidade e a esperteza de Pinóquio, o mundo se apresenta diante dos olhos dos espectadores através de um espetáculo cheio de surpresas em torno do picadeiro do Circo Collodi.
Sobre a PeQuod
A Cia PeQuod Teatro de Animação é uma companhia carioca de repertório, que dedica-se ao teatro de animação e que aposta na interseção de linguagens como um de seus diferenciais. Desde sua fundação vem aprofundando experiências que têm resultado numa cena de renovação para o Teatro de animação e que tem refletido uma aproximação entre o cinema, o teatro, a dança e a cultura pop contemporânea. Mais informações no site: www.pequod.com.br
Cronologia dos espetáculos, prêmios e principais produções
ESPETÁCULOS:
Sangue Bom (1999);
Noite Feliz – Um Auto de Natal (2001);
O Velho da Horta (2002) / Prêmio Maria Clara Machado – vencedor na Categoria Especial – Confecção dos Bonecos;
Filme Noir (2004) / Prêmio SHELL – vencedor na categoria Iluminação e indicação na categoria Especial pela qualidade de confecção e manipulação dos bonecos;
Peer Gynt (2006) / Prêmio SHELL – indicação nas categorias Direção e Cenografia / Indicado pelo Jornal O Globo como um dos 10 melhores espetáculos teatrais da temporada;
A Chegada de Lampião no Inferno (2009) / Prêmio SHELL – indicação nas categorias Cenografia e Iluminação;
Marina e Marina, a Sereiazinha (2010) / Prêmio SHELL – indicação na Categoria Especial / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil – vencedor nas categorias Espetáculo, Direção, Cenário, Iluminação, Categoria Especial pela confecção dos Bonecos e indicação na categoria Trilha Sonora / APTR – vencedor nas categorias Especial e Iluminação;
A Tempestade (2012);
Peh Quo Deux (2014) / Indicado pelo Jornal O Globo como um dos 10 melhores espetáculos de dança da temporada / Prêmio Questão de Crítica – indicado na Categoria Especial, pela pesquisa de movimento / Representou o Brasil do Festival de Mondial de Charleville Mezière, na França (2015);
A Feira de Maravilhas do Fantástico Barão de Munchausen (2015) / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil – vencedor nas categorias Direção, Produção e Ator. Indicado também nas categorias Iluminação, Cenário, Figurino, Música, Texto e Direção;
O Braile, Uma Dança às Cegas (2015) / representante brasileiro na Mostra Ibero Americana de Marionetas, em Lisboa, Portugal (2017);
Ovelha Negra (2017) / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil – indicado na categoria Iluminação;
A Última Aventura é a Morte (2018) / Indicado pelo Jornal O Globo como um dos 10 melhores espetáculos teatrais da temporada / Prêmio SHELL – vencedor na categoria Cenário, indicação na categoria Iluminação / Cesgranrio – indicação nas categorias Iluminação e Cenário / APTR – indicação nas categorias Espetáculo, Cenário e Música / Prêmio Botequim Cultural – indicação nas categorias Cenário e Especial para Miguel Vellinho pela linguagem inovadora / Prêmio Questão de Crítica – prêmio para a Cia.
OUTROS:
1ª Edição da MITA – Mostra Internacional de Teatro de Animação (2010)
2ª Edição da MITA – Mostra Internacional de Teatro de Animação (2012)
3 º Sinal – Projeto de Ocupação do Teatro Dulcina – Funarte (2017)
PINÓQUIO
Patrocínio: Banco do Brasil e BBDTVM
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
CIRCUITO LIBERDADE
O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
Ficha técnica:
Texto de Carlo Collodi | Idealização e encenação – Miguel Vellinho | Adaptação do texto, música e direção musical – Tim Rescala | Elenco – Liliane Xavier, Mona Vilardo, Maria Adélia, Marise Nogueira, Marcio Nascimento, João Lucas Romero e Santiago Villalba | Músicos – Tibor Fittel e David Ganc, Rodrigo Reveles ou Dudu Oliveira | Iluminação – Renato Machado | Cenografia – Doris Rolemberg | Figurinos – Kika de Medina | Bonecos e adereços – Eduardo Andrade | Visagista – Mona Magalhães Preparação corporal e assessoria circense – Bárbara Abi | Preparação Vocal – Doriana Mendes e Alessandra Quintes | Adereços – Miguel Vellinho, Lucas Menezes e Gustavo Kaz | Programação visual – Roberta Freitas | Fotos – Renato Mangolin | Assessoria de imprensa BH – Bárbara Prado |Assessoria de mídias sociais – Rafael Teixeira | Produção executiva – Thiago Guimarães | Coordenação geral – Lilian Bertin | Realização – Cia PeQuod – Teatro de Animação
Serviço:
Espetáculo PinóQuio | Cia PeQuod Teatro de Animação
Local | Teatro I – CCBB BH, Praça da Liberdade, 450
Temporada | 04 a 28 de março de 2022, de sexta a segunda.
Sessões | sextas e segundas, às 19h e sábados e domingos, às 16h.
*Sessão do dia 26/03 (sábado) conta com interpretação em libras e audiodescrição*
Ingressos | R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia) na bilheteria do CCBB, de quarta a segunda, das 10h às 22h ou no site bb.com.br/cultura.
À venda a partir de 23/02