As técnicas de reprodução assistida, foram desenvolvidas para o tratamento da infertilidade conjugal, e tem como objetivo aumentar as chances de uma mulher engravidar. Podem ser divididas em baixa e alta complexidade, sendo baixa complexidade relação sexual programada (RSP) e a inseminação intrauterina (IIU) e alta complexidade a fertilização in vitro (FIV) e suas variantes.
Popularmente conhecida desde 1978, quando nasceu Louise Brown, o primeiro bebê concebido por meio da técnica, a FIV foi desenvolvida inicialmente para solucionar problemas de infertilidade provocados por obstruções nas tubas uterinas. Nos últimos anos, entretanto, a técnica evoluiu bastante e passou a ser utilizada como opção para diferentes problemas de infertilidade provocados por diversas causas, como idade materna avançada, distúrbios de ovulação, endometriose e infertilidade sem causa aparente.
O médico ginecologista da Clínica Origen de Reprodução Humana, dr. Marcos Sampaio, esclarece algumas curiosidades sobre à Fertilização in Vitro, considerado o tratamento que oferece as melhores taxas de sucesso.
Sobre a FIV
Primeiramente é preciso esclarecer do que se trata a FIV. A Fertilização in Vitro é um procedimento que permite a fecundação de óvulos por espermatozoides em laboratório, ao contrário das outras técnicas de baixa complexidade, em que a fecundação ocorre nas trompas.
Antes do processo de fecundação, os pacientes são submetidos a etapas importantes do tratamento: a estimulação ovariana, para obter uma quantidade maior de óvulos que serão fecundados, a punção folicular para a coleta dos óvulos e a preparação seminal, que realiza a seleção dos espermatozoides com melhor morfologia e motilidade.
• Há dois tipos de FIV
A fertilização pode ser realizada por FIV clássica ou por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Na FIV clássica, óvulos e espermatozoides são colocados juntos em uma placa de cultura para que a fecundação aconteça espontaneamente. Na ICSI, por sua vez, cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo para que ocorra a fecundação.
• Os avanços no procedimento de FIV deram origem às técnicas complementares
Vários avanços também contribuíram para a evolução da FIV, desde novos medicamentos para a estimulação ovariana, ao desenvolvimento dos procedimentos laboratoriais e incorporação das técnicas complementares. “Atualmente, os meios de cultura possibilitam o cultivo do embrião com segurança por até seis dias, na fase de blastocisto, quando um maior número de células já se formou e dividiu por função”, esclarece Sampaio.
Entre as técnicas complementares estão:
Congelamento de gametas e embriões: permite a preservação para futura utilização e assim aumentar as taxas acumuladas de gravidez ou adiar o projeto de gravidez para aqueles que desejam ou precisam.
Teste genético pré-implantacional (PGT): possibilita o diagnóstico de doenças genéticas e anormalidade cromossômicas nos embriões, com a utilização de diferentes técnicas: PGT-M, para detectar distúrbios genéticos, PGT-A e PGT-SR, para anormalidades cromossômicas.
Hatching assistido ou eclosão assistida: realiza-se uma abertura artificial na zona pelúcida, película que envolve o embrião, para ajudar no processo de implantação.
Doação de gametas e embriões: importante para pessoas que não podem realizar o tratamento com gametas próprios e para casais homoafetivos.
Útero se substituição: indicada para mulheres com problemas que impeçam o desenvolvimento da gestação ou que não possuem útero. Também é um recurso importante para casais homoafetivos masculinos.
03- É a técnica de reprodução assistida mais eficaz
A partir desses avanços, a FIV se tornou a técnica mais importante dos tratamentos de reprodução assistida, com percentuais de sucesso sempre em curva ascendente. Ao ser comparada com outros tratamentos para infertilidade, a FIV tem taxas de sucesso mais altas. Apesar de bem-sucedida na maioria das vezes, é preciso lembrar que o sucesso da técnica está associado a diferentes variáveis, como por exemplo a idade da paciente e a causa a infertilidade.
04- Mulheres podem recorrer ao procedimento até os 50 anos
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), as mulheres podem se submeter a tratamentos de infertilidade, como a Fertilização in Vitro, até os 50 anos de idade. Caso tenham interesse em engravidar após os 50 precisam solicitar aprovação do tratamento com o Conselho, que irá avaliar individualmente cada caso.
05- O tratamento dura, em média, duas semanas
O tratamento por FIV tem duração aproximada de 15 dias, considerando a realização de todas as etapas, até a transferência dos embriões.
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