As instituições financeiras digitais e de meios de pagamentos, as chamadas fintechs, podem contribuir com o governo federal no pagamento do auxílio emergencial a desempregados, informais e autônomos e, também, na oferta de crédito a microempreendedores do país.
A forma de operacionalizar essa ajuda e a disposição de integrar a rede de apoio serão discutidas no Webinar do UOL Debate sobre “A força das fintechs no combate ao impacto do coronavírus”, que ocorre nesta segunda-feira (27/4).
Um dos convidados, o diretor-presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger, garante que os bancos digitais conseguem cumprir a tarefa de alcançar os mais vulneráveis e empreendedores, fortemente prejudicados pela Covid-19, usando tecnologia, de forma segura, rápida e eficaz.
Segundo dados oficiais do governo, atualmente 85% dos potenciais beneficiários não possuem contas bancárias, com o agravante de que vários estão em restrições de crédito ou dificuldades para regularizar o CPF. Situações que dificultam o pagamento dos auxílios ou tomada de empréstimos.
As fintechs e as operadoras de maquinhas digitais oferecem vantagens a seus clientes, principalmente neste momento em que qualquer dinheiro extra é valioso para as famílias e pequenos empreendedores: contas digitais gratuitas, transferências sem taxas, pagamentos de contas via o aplicativo, entre outros. Além disso, estão presentes em mais de 5.500 municípios.
Tais vantagens vêm contribuindo para o aumento de inclusão financeira de jovens e de um público crescente na economia informal: MEI´s, ambulantes, taxistas, autônomos, entre outros.
Dados da Abranet revelam que as fintechs contabilizam mais de 20 milhões de contas digitais, sendo que 85% dos clientes são de baixa renda e 80% são de pessoas físicas (microempreendedores e autônomos). Segundo a Abranet, metade do total dos clientes movimenta menos de R$ 60 por dia. É exatamente esse público um dos alvos da política do governo de mitigação de danos da pandemia.