A DAN Galeria apresenta Estrutura modular e luz, do artista espanhol Francisco Sobrino (1932-2014), até o dia 30 de julho. Com curadoria do francês Frank James Marlot, esta é a primeira mostra do artista cinético no Brasil, e reúne 20 obras concebidas na Europa e na América Latina ao longo de 50 anos, marcando sua importância e originalidade no contexto da história da arte do século XX.
Sobrino foi um dos fundadores do grupo GRAV – Groupe de Recherche d’Art Visuel (1960-1968), junto com outros 10 jovens artistas, entre eles Horacio Garcia Rossi e Julio le Parc – que conheceu na Escola de Belas Artes de Buenos Aires -, e François Morellet, Joël Stein e Jean-Pierre Yvaral (filho de Victor Vasarely, que, em partes, inspirou a criação do Grupo).
Uma lenda da op art, cinético e minimalista, propõe um novo olhar sobre o movimento e a luz. Explora efeitos visuais e sensoriais, sobreposições de cores que geram variações de frequências, encaixes de planos e cálculos matemáticos. As combinações de elementos ópticos dão uma sensação de totalidade, que confundem o olhar. Suas obras transmitem uma percepção de homogeneidade, num primeiro momento.
“Refutando o toque pictórico como subjetivo, Sobrino aborda sua investigação com um novo espírito, utilizando majoritariamente materiais industriais lisos e neutros em relação à arquitetura, tais como o alumínio, o aço inoxidável e o Plexiglas. Ele usa combinações lógicas de formas modulares, que podem ser lidas por qualquer pessoa, e cria, assim, esculturas e relevos com arestas pontiagudas que escapam às regras da geometria clássica”, explica o curador.