O coronavírus tem ação muito específica em cada pessoa infectada. Um contaminado pode não ter sintoma algum, assim como ter problemas graves, que levam à internação e até mesmo à morte. Um dos sintomas mais conhecidos e que merecem atenção especial é o desconforto ou dificuldade em respirar.
O que poucas pessoas sabem é que os problemas respiratórios podem gerar dores no corpo, mesmo após o paciente estar curado da Covid-19. “Um sintoma mais grave pode causar uma deficiência respiratória e prejudicar o diafragma, que é o músculo que atua em nossos movimentos de respiração (inspiração e expiração) e está interligado com outras partes do corpo, como nossas costas e nosso quadril”, explica o fisioterapeuta e doutor em anatomia humana, Mario Sabha Jr.
Segundo o especialista, como o diafragma tem ligações com diversas áreas do corpo, um problema que o afete pode refletir em desconforto e dores em outras regiões. “Ele está fixado na nossa coluna lombar, interliga-se com a região do quadril e é ‘comandado’ pelo nervo frênico, que origina-se no pescoço”, afirma.
O especialista conta que a pessoa que passou por um grave problema respiratório “pode ter dores tanto no pescoço, como nas costas, nos ombros e na lombar, que está diretamente relacionada aos pés e nossa forma de pisar, podendo gerar desconforto e desequilíbrio”.
Caso um paciente tenha sido infectado pelo coronavírus e, mesmo depois de curado, continue com dores, o conselho é buscar ajuda de especialistas que entendam a relação entre todos os sistemas do corpo com os músculos e as articulações. “Profissionais que fazem quiropraxia e osteopatia podem identificar a origem do problema olhando para além da região desconfortável ou dolorida. A partir daí é possível realizar o realinhamento e reorganização de todo o corpo, tratando não apenas o local afetado, mas também músculos, articulações e outros tecidos interligados”, conclui.