Com o tema #MinhaHistória, o Metrópolis desta sexta-feira (31/7) conversa com a cantora Elza Soares, que acaba de completar 90 anos. Além de atualizar os projetos para o segundo semestre, Elza conta a história da mulher preta brasileira com sua própria voz e autoridade necessária em nove décadas de existência. O programa tem a apresentação de Adriana Couto e Cunha Jr.
A edição inédita tem como fio condutor histórias de pessoas contadas por elas mesmas. Na entrevista com Didi, via telão, Elza fala sobre sua inspiradora história de vida, que é marcada por muita força e luta. A cantora conta sobre seus trabalhos e projetos durante a pandemia, como a nova versão de Juízo Final, de Nelson do Cavaquinho. “Ela está tão atual, que dá vontade de você cantar e falar sempre”.
Elza também comenta sobre a música Negão Negra. Lançada recentemente, com a participação de Flávio Renegado, a canção fala de uma ferida ainda aberta no Brasil, que é o racismo. “A gente não pode parar de falar, não pode parar de gritar”. A artista ainda conta como sempre lidou com o racismo. “Nunca parei no espelho para ver a cor da minha pele, nunca olhei a cor da minha pele, sempre olhei é para o chão, onde estou pisando. E vou alcançando meu objetivo”.
O Metrópolis também retrata a publicação dos diários da escritora Maria Carolina de Jesus, que a Companhia das Letras acaba de comprar os direitos e que irá lançar no ano que vem. A escritora Conceição Evaristo, organizadora do projeto, fala sobre a iniciativa que visa transcrever a obra de Carolina sem nenhuma correção de ortografia e expressões, desejo da filha Vera Eunice que também participa do programa.
Com um acervo imenso, com quase 20 mil depoimentos de pessoas conhecidas e desconhecidas, o Museu da Pessoa é abordado nesta edição também. Um verdadeiro baú de histórias, um lugar de conexão, onde cada narrativa é valiosa, como um portal para compreender o que une a humanidade. E um dos projetos do museu é o Jornada Guiada. Pessoas que se inscreverem, vão receber vídeos diários, pequenas pílulas reflexivas com questionamentos como: Qual é a primeira lembrança que vem à sua cabeça?; Comente sobre um objeto importante para você, o que o torna significativo em sua vida? A resposta, em formato de vídeo, deve ser enviada ao museu e fará parte de um banco de registros.
Para fechar, o Metrópolis apresenta o projeto A vida em um dia 2020 – um experimento global para criar o maior longa-metragem do mundo gerado por usuários. Em 25 de julho, pessoas tiveram 24 horas para documentar um trecho da sua vida com uma câmera. As filmagens mais interessantes serão reunidas em um documentário produzido por Ridley Scott e dirigido por Kevin Macdonald.
O Metrópolis vai ao ar na TV Cultura de segunda a sexta-feira, às 19h40, e aos domingos, a partir das 20h, com um compilado das melhores edições da semana.