Guilherme Tollmeiner, sócio-fundador da Vissla
Desde o início da Covid-19, diversos setores da economia se reinventaram visando o menor impacto possível em seus negócios. Em um curto intervalo de tempo, encontrar uma resposta à crise se tornou um dos grandes desafios para empresas de todos os portes, que viram o hábito de clientes, parceiros e consumidores migrar do presencial para o virtual. Assim, ficou ainda mais evidente a importância das estratégias e ações de marketing como forma de ajudar as companhias a reduzirem os abalos.
Do mesmo modo que a tecnologia vem ganhando cada vez mais protagonismo, também passamos a nos deparar o tempo todo com automação de marketing – inserida de diversas formas na vida do consumidor. Um exemplo disso está nas compras online. Ao comprar uma refeição ou outro produto pela internet, quando concluída a transação, o comprador recebe um e-mail com detalhes do pedido, sugestões de compras similares, rastreio, entre outras informações.
Já nas ações de marketing, basicamente, a automação permite a criação de mensagens personalizadas em escala e experiência one-to-one. Trata-se de um conjunto de processos como mensagem direcionada a uma pessoa na hora, formato e comunicação certas. Naturalmente, com a tecnologia, esses processos acabam se tornando mais fáceis e escaláveis.
Um equívoco comum das empresas nos tempos de hoje, é acreditar que gerar leads e colocá-los em uma fila de e-mail automatizada pode ser um método efetivo para conquistar resultados. Acontece que, em vez de criar uma experiência contextual e eficiente com base nas necessidades de cada indivíduo, a automação de marketing se torna uma maneira de forçar as pessoas a entrarem em um funil com pontos de contato arbitrários e conteúdo irrelevante. Assim, é preciso entender cada etapa em que esses leads se encontram e quais são as suas necessidades em cada momento. Afinal, todos os anunciantes querem entender o impacto das suas ações e saber, por exemplo, quantas pessoas viram e compartilharam seus conteúdos.
Este tipo de informação sempre foi muito difícil de identificar em formatos tradicionais como TV, rádio, jornal e revista. Hoje, as ferramentas de automação de marketing entregam com mais clareza e rapidez o resultado em vendas de cada ação, sendo que, tudo pode ser mensurável. A razão de ter se tornado uma parte crítica no mundo do marketing é que ela resolve o problema de como se tornar relevante em escala. Em suma, a automação potencializa o marketing online.
Se até a década passada os vídeos eram praticamente um artigo de luxo, atualmente o cenário é outro. Hoje, eles se tornaram uma ferramenta acessível e indispensável para ajudar a atrair públicos, explicar produtos e dar suporte a clientes. O número de empresas que usam filmes como ferramenta de marketing, em geral, aumentou de 61% a 85% desde 2016, segundo estudo anual realizado pela “Wyzowl – The State of Video Marketing 2020”. O ano passado foi de muita relevância para os novos adeptos do vídeo marketing, com um em cada cinco profissionais da área utilizando desta forma de comunicação com seus consumidores pela primeira vez. Além disso, em 2020, 88% dos pesquisados afirmaram que o vídeo representa um ROI positivo: totalizando um crescimento de 55% na comparação com 2015 – quando o índice era de 33%.
Essa curva crescente indica que agora é o momento de as empresas reforçarem sua presença no digital: seja para anunciar, se comunicar, criar awareness e fomentarem estratégias pós-pandemia. Afinal, existe uma infinidade de mídias possíveis para veicular os anúncios das marcas, com destaque para as sociais: Youtube, Facebook, LinkedIn, Instagram, Twitter, e outras, além das mais tradicionais.
Entre os formatos que podem ampliar a visibilidade de empresas e marcas, destacam-se: o Digital Out-of-Home, em formatos de painéis digitais utilizados em aeroportos, shoppings, pontos de ônibus, supermercados, academias e outros estabelecimentos; os voltados para Digital Signage, aqueles displays digitais que utilizam tecnologias como LCD, LED e projeção para mostrar imagens digitais, vídeos, páginas da web, dados climáticos, menus de restaurantes, etc. – geralmente encontrados em espaços públicos, meios de transporte, museus, estádios, lojas varejistas, hotéis, restaurantes, edifícios corporativos, entre outros; além desses, os formatos de entrega desenvolvidos para TV e Broadcast seguem com papel importante na comunicação.
Todos esses exemplos indicam que a automação de marketing proporciona uma nova forma de fazer campanhas e ações, ajudando as empresas a economizarem tempo e recursos, potencializando os negócios.
Por fim, é importante compreender que os clientes são mais do que apenas o resultado de uma automação de marketing bem-sucedida. Muito além disso, eles devem estar no centro de tudo o que uma companhia faz, deste modo, a automação de marketing deve continuar a desempenhar um papel importante no relacionamento, inclusive no pós-venda.