Daniele Costa – especialista em gestão de pessoas, mentora, palestrante e facilitadora em desenvolvimento integral humano. Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora.
Basta observar, por exemplo, quando você encontra um amigo de longas datas e vocês já não se veem a longo tempo, a última memória registrada a respeito daquela pessoa é a que fica. Mesmo que aquela pessoa já tenha tido tantas experiências de vida e mudado tanto, o registro mental prevalece e a mente sempre vai buscar por algo já conhecido.
O mesmo acontece com as nossas experiências, o medo de viver o novo na vida vem muitas vezes dos registros de experiências anteriores e o cérebro vai buscar correspondência com isso: memórias e registros análogos a fim de direcionar escolhas e comportamentos.
Porém, aprendemos que o tempo não é linear quando se trata de escolhas da alma e do ser, tudo parte da própria consciência de experiência que se requer para evolução e desenvolvimento e para cada um isso se apresenta de uma forma diferente.
O que sabemos é que o tempo é presente. E presente no seu real significado, o maior presente que temos é o agora. E a cada segundo nos transformamos em um novo ser, mesmo de forma inconsciente.
O mais lindo nisso é o nosso estado de presença desperto a quem se é. Ao agora. A partir disso, podemos olhar e perceber o que pode ser mudado ou melhorado.
Importante atentar que a ansiedade ou depressão tem a ver em partes com aquilo que vivemos no passado e gostaríamos de reviver e não soltamos e quando ficamos presos a isso, paralisamos as nossas escolhas e movimento do tempo. De outro lado, quando olhamos para o futuro, criando projeções e expectativas, ansiamos por algo que ainda está distante e esquecemos que parte desse futuro depende de nossas escolhas no agora.
Cabe lembrar também que muito da nossa realidade do agora tem a ver com escolhas que fizemos no passado, porém se estamos presos aos traumas, dramas e memórias do passado, não permitimos vivenciar esse agora tão desejado.
Por exemplo, uma vez fiz uma pergunta a um cliente que estava vivenciando uma situação profissional que desejava muito, porém ainda estava preso ao trabalho e emprego anterior, então, fiz a seguinte pergunta a ele: verdade, seu corpo está’ no presente, mas sua mente no passado? Como seria colocar os dois em congruência para que você possa expandir sua realidade?
E é isso que acontece com a gente, se não trazemos nossa mente para o presente alinhamos com o nosso corpo, corremos o risco de ver o tempo passar sem vivenciá-lo de forma saudável e presente!
Por isso, como diz a música: o tempo é um dos deuses mais lindos.