Os especialistas na área da saúde sempre reforçam, há décadas, a importância de consumir mais alimentos naturais e nutritivos ao invés dos processados. Um estudo recente publicado pelo periódico International Journal of Public Health, em 20 de maio de 2022, colocou esse assunto ainda mais em evidência. De acordo com os dados, 28% do aumento da obesidade entre 2002 e 2009 no Brasil foi causado pelo consumo desse tipo de alimento. Enquanto isso, o Atlas Mundial da Obesidade de 2022 mostra que o número de pessoas acima do peso têm aumentado e a projeção é que, até 2030, mais de 1 bilhão de pessoas se tornem obesas.
Nesse contexto, a principal preocupação recente é o período de pandemia da Covid-19 que contribuiu para o aumento no consumo desse tipo de alimento. Até o final de 2019, o Datafolha havia divulgado que o consumo desses produtos era cerca de 9% para pessoas de 45 a 55 anos, por exemplo. Em 2020, após o começo da pandemia, esse número disparou para 16%.
O médico, pós-graduado em endocrinologia e tratamento para obesidade, Dr. André Moreira, destaca que todos esses dados têm relação com o momento vivido pela população. “De um lado temos os altos índices de ansiedade e estresse proporcionado por diversos fatores durante a pandemia. Isso por si só aumenta a vontade de comer alimentos que darão a sensação de ‘recompensa’ para o cérebro. E, claro, a crise financeira obriga muitas famílias a optarem por alimentos mais baratos que, por consequência, são os ultraprocessados”, comenta.
Imunidade
Quando se fala em alimentos processados, outro fator preocupante, principalmente após a pandemia, é o sistema imunológico. “Pela falta de nutrientes adequados, esse consumo também afeta a imunidade que, se não estiver equilibrada, contribui para o aumento de diversas doenças. É importante que ocorra a conscientização sobre esses riscos. A alimentação é fundamental para promover a saúde geral do organismo e evitar doenças graves”, ressalta o médico.
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