Daniella Doyle é head de Marketing do Bling, sistema de gestão da Locaweb Company. Com vasta experiência em cargos de gerência ao longo da carreira, Daniella tem especialização em Gestão de Mídias Digitais e Inteligência de Negócios, Comunicação Interna para Relacionamentos Estratégicos e Gestão Estratégica de Marketing, entre outros. Hoje é responsável pela gestão de desempenho, marketing de produtos, marketing de crescimento, branding e marketing digital do Bling.
Não é novidade para ninguém o fato de que a maioria da população brasileira está conectada em diversas redes sociais. O interesse da população nesses ambientes digitais é tão grande que, segundo um levantamento realizado pela Comscore, empresa norte-americana de análise de internet, o país é o terceiro que mais está presente nas redes sociais no mundo, totalizando mais de 131 milhões de contas ativas. Atrás apenas da Índia e da Indonésia e à frente dos Estados Unidos.
Do ponto de vista do marketing e das vendas, o volume de acesso nesses ambientes é visto como uma bela oportunidade para poder promover seus negócios oferecendo um canal ativo para que o consumidor se conecte e interaja com a marca, gerando um engajamento maior e reforçando a fidelização da base de clientes.
Além de estratégias que promovem engajamento, os empreendedores também podem usufruir da tendência conhecida como social commerce, que diz respeito ao e-commerce praticado dentro das redes sociais, seja por meio de ferramentas proporcionadas pela rede, ou em grupos fechados de compras, ou então pelo live commerce, que segue como tendência nas redes sociais.
O crescimento do social commerce no território nacional vai de encontro com o alto índice de brasileiros conectados nas redes sociais. Um estudo realizado pela Opinion Box em conjunto com a Wake apontou que, em 2022, 71% dos brasileiros já estavam utilizando as redes sociais para fazer compras.
Entretanto, por mais que se fazer presente dentro das redes sociais seja algo extremamente importante para as marcas dos mais variados tamanhos, é essencial que as particularidades de cada rede seja levada em consideração antes de elaborar uma estratégia para esses ambientes, evitando gastar tempo e dinheiro em canais que não trarão o retorno esperado.
É preciso analisar, primeiramente, se a presença do negócio em determinada rede faz sentido e vai de encontro com o que a marca deseja transmitir. Hoje em dia estamos vivendo um boom de redes sociais por conta do aumento da competitividade e do surgimento de novas plataformas, como o recém lançado Threads, da Meta, fora os movimentos recentes de mercado que estão reformulando os pilares de redes já existentes, podemos usar de exemplo o rebranding que o Twitter, atualmente chamado de X, passou após a aquisição do Elon Musk. Estar atento a essas movimentações é essencial para a avaliação da rede social.
A questão da linguagem é algo a ser considerado também, afinal, cada rede tem um formato. A mensagem que passamos em um story do Instagram é transmitida de uma maneira que um post no reel ou feed não consegue replicar, por exemplo, fora que algumas tendências, como o já citado live commerce, se propagam em algumas redes de maneira única. Podemos ver uma presença mais consistente dessa modalidade de negócio em redes com mais alcance para a realização de lives, como Instagram e TikTok.
Por fim, vale destacar a importância das redes sociais em praticamente todos os segmentos, portanto, investir nessa estratégia é essencial para promover a marca e alavancar as vendas. Contar com uma pessoa ou uma área dedicada às redes sociais e que esteja alinhada com o planejamento da empresa é importante para promover ações e vendas mais assertivas e adequadas aos milhares de formatos disponíveis. Esse alinhamento deve ser feito com base em pesquisas e análises de dados e personas, tal qual qualquer ação de marketing.