O governador Romeu Zema se reuniu, nesta segunda-feira (23/11), com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, para conhecer o projeto de construção do Corredor Centro-Leste. Um dos objetivos é a melhoria da malha ferroviária que liga os portos da Região Metropolitana de Vitória aos estados de Goiás e Minas Gerais pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
O projeto consiste na execução da obra do Contorno Ferroviário da Serra do Tigre, em Minas, orçada em R$ 3,1 bilhões. A intervenção é uma antiga reivindicação para resolver um gargalo ferroviário histórico no estado. A obra faz parte do Plano Estratégico Minas Gerais e Espírito Santo, criado em fevereiro deste ano para promover o desenvolvimento econômico e industrial dos dois estados.
A proposta é que seja implantado um novo trecho ferroviário com extensão estimada de 450 quilômetros entre Patrocínio, no Alto Paranaíba, e Sete Lagoas, na região Central do estado. Os recursos seriam provenientes de parte da renovação da concessão ferroviária da FCA.
Vocação
Após a apresentação, Romeu Zema mostrou-se interessado pelo potencial econômico que a obra pode trazer aos três estados. “Além de resolver um entrave na nossa malha ferroviária, o Contorno Ferroviário da Serra do Tigre interligará regiões com fortes vocações para agronegócio, setor que está movimentado as exportações brasileiras”, afirmou.
Por ser íngreme e sinuoso, o atual traçado é prejudicial para a competitividade do transporte ferroviário, uma vez que os trens perdem desempenho ao transitar no local.
Capacidade
A obra possibilitaria aumento da velocidade média no trecho de 16 km/h para 60 km/h, além da ampliação da capacidade de transporte em cerca de 21 milhões de toneladas anuais e a redução da distância entre o Triângulo Mineiro e os portos do Espírito Santo em, aproximadamente, 120 quilômetros.
O governador Casagrande agradeceu a oportunidade de contar com o apoio do Governo de Minas para um projeto que promove a integração e aumenta a competitividade e a eficiência logística. “O Corredor Centro-Leste é uma excelente oportunidade para o Brasil, com pouco investimento e que viabiliza logística de transporte de grãos e produtos industriais com muita produtividade”, disse.