Com a pandemia, grande parte da interação entre o consumidor e as marcas se perdeu no ponto de venda. Com as ações de degustação e demonstração suspensas, muitos supermercados investiram no delivery para atender os consumidores que, mesmo com todos os protocolos de segurança não querem ir até as lojas.
Já aqueles que entram no PDV estão sujeitos a uma nova realidade. Muitas interações passaram a ser mais digitais, onde as informações sobre os produtos chegam através de uma tela. Com o trabalho das promotoras suspenso, uma das tendências que deve entrar em cena são os monitores touchless onde o consumidor, apenas com gestual ou por presença, dispara o conteúdo informativo sobre um produto sem precisar tocar na tela.
Além disso, estamos no começo da transição da compra física para o digital ou figital. Antes, quando o consumidor ia ao supermercado recebia uma amostra de uma promotora enquanto a empresa ficava torcendo para que ele comprasse seu produto porque tinha uma amostra nas mãos.
Hoje essa incerteza em relação a eficiência de uma ação promocional pode ser mensurada através de um POD DROP, uma nova tecnologia desenvolvida pela Outform nos Estados Unidos, que pode ser considerada o sampling do futuro. Com ela o cliente, chega à frente de um totem, aponta seu celular para um QR Code e abre um portal onde digita seu e-mail, telefone ou Facebook para imediatamente liberar uma amostra dentro de uma cápsula. A partir do momento em que o consumidor pegou essa cápsula, ele abriu um canal direto de comunicação com a marca onde ele pode receber perguntas sobre o produto, dicas e promoções.
Para expandir ainda mais essa inteligência, está chegando ao mercado brasileiro o Interactive Collection um sistema com diversos sensores que proporcionam diferentes experiências como a função place and learning, onde o cliente pega um item e o coloca sobre uma base para abrir uma tela com mais informações sobre o produto.
Outra tecnologia que esse sistema oferece é a possibilidade de o consumidor ter uma experiência totalmente touchless, onde ele consegue abrir um vídeo com informações sobre o produto apenas com movimentos, sem precisar tocar na tela.
Apesar do crescimento do digital e e-commerce, não podemos substitui-los pelo ponto de venda porque fazer compras sempre foi e será um momento de diversão e lazer e as pessoas querem ter essa experiência.
Com a humanidade envelhecendo nem todos estão preparados para a tecnologia, por isso é fundamental que as marcas pensem em ações mais simples que atinjam a todos e não só as novas gerações que navegam em todas as plataformas. O varejista não pode se dar ao luxo de atender determinada faixa etária ou social, por isso precisa de ferramentas capazes de atender e extrair o máximo de todos os públicos.
A loja do futuro é a que vai combinar todas técnicas da ciência do merchandising como Iluminação, ambientação e som com os estímulos que podem provocar para os consumidores mais modernos. Ela deve usar as mídias digitais, monitores e interações através de toque para conectar o mundo físico ao digital, pois, quando um cliente vai ao supermercado ele geralmente define o tipo de produto que vai comprar, mas não a marca, por isso as empresas precisam investir em diferentes ferramentas para conquistá-lo.
Por causa da pandemia a pessoa sai pouco, geralmente trabalha em casa, e não pode ir ao cinema ou teatro, mas vai ao supermercado onde pode e deve receber vários estímulos das marcas para que essa viagem sensorial fique muito mais interessante.