Os tutores de cães sempre se preocupam com a saúde de seus pets, buscando seu bem estar de diversas formas possíveis. Para manter os animais de estimação saudáveis e dispostos, uma alimentação regrada e na quantidade certa – prezando o equilíbrio da ração e o controle de petiscos – é muito importante e deve ser uma das maiores preocupações desses tutores.
“Uma alimentação adequada para os pets é essencial para a prevenção de graves doenças e o bom funcionamento físico e mental. A qualidade na alimentação é fundamental, uma vez que os animais necessitam de certas proteínas para produção de anticorpos, hormônios, enzimas e hemoglobina”, explica o especialista em comportamento animal Cleber Santos, adestrador e proprietário da ComportPet.
Santos lista para você sete dicas especiais para alimentar o seu cãozinho de forma balanceada e mantê-lo saudável e em ótimas condições. Confira:
Dê o alimento na quantidade certa
Normalmente, os bichinhos de estimação comem aquilo que lhes é servido, independente da quantidade. Por isso, os tutores são os responsáveis por colocar a quantidade adequada para o animal e seu porte. O ideal é manter o equilíbrio na hora de escolher a porção fornecida ao companheiro de quatro patas. “Não podemos exagerar no momento em que vamos alimentar nossos animais, pois isso pode gerar problemas como a obesidade, vômitos e diarreia. Entretanto, não devemos reduzir minimamente a quantidade de comida, pois o cãozinho também desenvolverá outros problemas como anemia, desidratação e pressão baixa.”, alerta o adestrador.
Alimentação deve ser regrada e seguir rotina de horários
É muito importante que o seu cão faça as refeições no horário certo, pois eles têm hábitos diferentes de se alimentar. Geralmente, comem duas ou três vezes ao dia.“É de extrema importância que haja uma regularidade nos horários de alimentação dos pets, pela qualidade de sua saúde física e também psicológica, assim como seu metabolismo, e para criar uma rotina em sua dieta, deixando-o mais satisfeito e saudável. Por isso, é essecial criar horários para alimentar seus bichinhos, de acordo com sua fome e disponibilidade, explica Santos.
Ele explica a rotina ideal até o primeiro ano de vida do cão e como os tutores devem seguir a partir dessa idade: Filhotes até 11 meses comem três vezes dia – café da manhã, almoço e jantar. A partir do 12º mês, os cães devem diminuir a dosagem e comer apenas duas vezes ao dia, no café da manhã e no jantar, ou seja, a cada 12 horas.
Escolha o alimento adequado para ele
Cada animal possui raça, porte, idade e peso diferentes. Por isso, é preciso escolher bem o tipo de alimentação para cada bichinho, de acordo com suas características.“Uma alimentação balanceada contém sempre fibras, proteína animal, vitaminas, gorduras saudáveis e minerais. Quanto mais diversificada, mais nutritiva será a dieta. Porém, sempre devemos levar em consideração todas as diferentes características do animal na hora de alimentá-lo”, orienta o adestrador.
Não dê comida de gente aos seus animais
Os animais possuem sistemas que fazem seu corpo funcionar de maneira diferente dos seres humanos. Portanto, necessitam de outros nutrientes na hora de se alimentar. “Alguns alimentos que são inofensivos para nós são extremamente tóxicos para nossos cães. Então, nunca dê restos do seu almoço ou jantar para seus eles, pois isso pode acarretar em diversos problemas de saúde e desenvolvimento”, alerta Santos.
Escolha a ração correta
Por serem industrializadas, as rações de boa qualidade possuem proteínas e composições específicas que favorecem e enriquecem os ossos, pêlos e músculos do cão, podendo ser uma boa alternativa na hora da alimentação.
Normalmente, as rações estão divididas a partir do porte, da idade e até da raça do animal. Por isso, sempre escolha muito bem a marca e o tipo de ração que você fornecerá ao seu pet, para não causar problemas ao invés de ajudá-los.
“O ideal é que os tutores optem sempre pelas rações super premium, pois elas são as que apresentam os principais nutrientes necessários em uma refeição: vitaminas, proteínas, minerais, gorduras e carboidratos. O correto é seguir a tabela de alimentação que vem na lateral das embalagens, com a medida correta de acordo com o peso e a idade do seu pet”, observa Santos.
Alimentação natural é uma ótima opção
A alimentação natural é de grande benefício para os animais, pois não possui toxicidades ou componentes industrializados. Porém, muitas pessoas ainda preferem não alimentar seus amiguinhos desta forma, pois tais alimentos não possuem certos nutrientes sintéticos – que são também importantes – como vitaminas e minerais.
Os animais de estimação, em média, necessitam cerca de 58 nutrientes diferentes diariamente e é difícil atender a essa demanda só com ingredientes comuns, como carnes, vegetais ou arroz. O ideal seria combinar a alimentação natural com a industrializada, procurando um equilíbrio, alternando o tipo de alimentação, ou fazendo uma junção das mesmas.
“Hoje, no mercado, também existem várias opções de rações naturais, que podem ajudar no bem estar de seus bichinhos, evitando que consumam muitos agrotóxicos e conservantes”, explica o especialista.
Não dê chocolates e nem outros doces para os pets
Muitos donos de pets querem compartilhar chocolates e outras guloseimas que consomem com seus cães. Entretanto, Cleber Santos explica que não se deve fazer isso nunca, pois os chocolates são verdadeiros venenos para esses bichinhos.
O chocolate possui um componente tóxico que afeta os cães, chamado teobromina, uma substância presente no cacau e facilmente metabolizada pelo organismo humano, mas que não tem o mesmo processo dentro dos bichinhos. Os pets não conseguem processá-la de maneira rápida o suficiente e acabam intoxicados, causando diversos problemas.
“A quantia considerada fatal de teobromina varia de acordo com o porte do animal, mas oferecer doce ao bichinho nunca é recomendado, pois não é possível determinar uma quantidade segura para o consumo dos pets. Isso vale para todas as raças e portes de animais. Não se deixe levar por aqueles olhares de pidão”, finaliza o adestrador.