Fundada em 1949 por um sapateiro, a mineira Tambasa Atacadista está na gestão da terceira e quarta gerações, faturando cerca de R$ 6 bilhões ao ano. Desta forma, a atacadista, com 74 anos de trajetória, sabe bem como o processo de sucessão é importante para garantir a perenidade do negócio. E Gustavo Recchioni, diretor comercial da Tambasa Atacadista, é bisneto do fundador da maior atacadista de material de construção do Brasil. Ele viajou a Porto Alegre/RS para participar do evento que tem como pauta central a sucessão empresarial.
Esta é uma questão sensível para muitas organizações do país. Afinal, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das organizações têm gestão familiar, entretanto, apenas 8% ou 9% delas permanecem em atividade após a terceira geração assumir. Considerando que o mercado de Matcon no Brasil movimentou mais de R$ 200 bilhões em 2022, este é um dado que preocupa a Atlas, indústria gaúcha da holding InBetta, referência em soluções de pintura, construção e casa, com 27 mil clientes em todo o Brasil e no exteiror.
“Em 57 anos de história, a Atlas vem desenvolvendo uma relação forte de parceria tanto com os fundadores quanto com as novas gerações de clientes. E, por sermos também uma empresa familiar, entendemos a importância de preparar os futuros líderes para garantir a continuidade dos negócios. Sabemos que quem não planeja bem as próximas gestões, acaba fechando as portas. Por isso, estamos promovendo a 2ª edição do Projeto Sucessores, evento criado para auxiliar as companhias a refletirem sobre o assunto”, comenta Eduardo Bettanin, CEO das Empresas InBetta.
Assim, o Projeto Sucessores, da Atlas, reuniu empresários do país para discutir mais sobre sucessão familiar. No dia 24 de maio, no Hotel Deville, em Porto Alegre, empresários de diferentes gerações de fundadores e sucessores participaram de debates e compartilharam experiências entre as gerações Foi um momento de imersão em temas relevantes como Gestão da Sucessão, Governança Patrimonial, Fusões e Aquisições e Desafios do Varejo. Os participantes também tiveram uma ótima oportunidade para fortalecer o network com empresas nacionais do segmento, grandes indústrias, importadores e distribuidores de materiais de construção da América Latina.
Segundo Gustavo Recchioni, eventos como o da Atlas têm um grande papel de responsabilidade social. Para ele, é importante aprender com as experiências de empresas que já passaram ou estão fazendo agora o processo de sucessão. Esses exemplos inspiram e garantem a perpetuação dos negócios e dos empregos. ” Há 16 anos, estamos envolvidos com o processo de sucessão, inclusive, para a entrada da quarta geração foi contratada uma consultoria especializada. O programa é super profissional e não basta ser da família para crescer na empresa, é preciso mérito e dedicação. Hoje já são 12 descendentes do fundador atuando na Tambasa, sendo 3 deles em cargos de diretoria”, comenta Recchioni.
Além deste dia de debates em Porto Alegre, o Projeto Sucessores inclui ainda uma visita à fábrica da Atlas em Esteio (RS), um curso de vinhos com o renomado sommelier Maurício Roloff, no SPA do Vinho, em Bento Gonçalves(RS)e um almoço de encerramento em um restaurante típico italiano em Garibaldi(RS).