O projeto “Teatro em Movimento”, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim e está em sua 23ª edição, sendo reconhecido por seu incentivo às artes cênicas e à formação profissional, abre inscrições para a série de oficinas “Atrás da História”. O projeto busca resgatar e dar voz às narrativas escondidas e às histórias não contadas, explorando o vasto território do não reconhecido daquilo que ficou invisível ou caiu no esquecimento durante o percurso da (s)historia(s). Com oficinas gratuitas, programadas para acontecer nas cidades históricas de Congonhas, Ouro Preto e Itabira, entre os meses de abril e agosto, oferecendo uma oportunidade única de imersão criativa para estudantes e artistas cênicos, com idade a partir dos 16 anos. As oficinas serão ministradas por profissionais especializadas e atuantes em suas áreas, incluindo Fernanda Vianna na Direção, Eliatrice Gischewski, na Preparação Corporal, Rose Brant, na Preparação Vocal, Malu Grossi Maia, na Dramaturgia.
Essa atividade da 23ª edição do Teatro em Movimento tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura.
Ao todo, serão oferecidas 20 vagas de oficinas por cidade e mais 5 ouvintes. As inscrições acontecem até o dia 10 de abril (links abaixo) e todas as atividades são gratuitas e com certificado para quem cumprir no mínimo 75% de presença ou mais da carga horária proposta. Essa é uma oportunidade dos participantes aprenderem de forma prática e imersiva mais sobre o processo criativo de forma intensa e personalizada. Ao final das oficinas, uma mostra especial será realizada para apresentar os trabalhos desenvolvidos no Memorial Minas Gerais Vale, em Belo Horizonte, celebrando as novas vozes e histórias descobertas por meio deste projeto e conectando os participantes com atores, criadores e diretores da cena dramatúrgica da cidade.
Para Tatyana Rubim, idealizadora do Teatro em Movimento, o projeto “Atrás da História” é um convite para um mergulho profundo nas águas da criatividade e da expressão. “Atrás da História é uma oportunidade formativa para mergulharmos nas profundezas das narrativas não contadas, trazendo à luz histórias que foram esquecidas ou silenciadas. Através deste projeto, esperamos não apenas enriquecer o repertório artístico dos participantes, mas também contribuir para uma compreensão mais ampla e inclusiva da nossa história.” Tatyana ressalta também que “Atrás da História” busca mostrar também um pouco dos personagens coadjuvantes, que ficaram esquecidos ou não ganharam a devida relevância que merecem. “Quem são as mulheres inconfidentes da cidade de Ouro Preto? Quem eram as pessoas que faziam parte da vida de Drummond em Itabira? Quais são os personagens que ajudaram Aleijadinho a criar os 12 profetas? Quem são estes 12 profetas e como isso ficou permeando o imaginário artísticos de Aleijadinho?O Teatro em Movimento é isso. Ajuda a resgatar a memória, as histórias através desse trabalho prático que são as oficinas, estruturada pelos quatro eixos propostos”, enfatiza a idealizadora do Projeto. Ela completa que às sextas-feiras as oficinas abrem para trocas teóricas acerca dos bastidores, no sentido de tornar essa proposta de oficina mais completa. “Os inscritos poderão trocar sobre assuntos ligados a outras partes importantes da construção de espetáculos, a saber: produção, desenho de luz, desenvolvimento de trilhas, cenotécnica e muito mais. Neste momento, a atividade será gratuita e aberta ao público em geral, não ficando só restritas aos inscritos na parte prática. Isso também torna esta ação formativa e de trocas única”, completa Tatyana Rubim.
Oficinas e ministrantes
O projeto “Atrás da História” é composto por quatro módulos de trabalho: Preparação Corporal, Preparação Vocal, Direção e Dramaturgia. Cada oficina será liderada por uma especialista de renome em sua respectiva área, garantindo uma experiência de aprendizado rica e profunda.
Preparação corporal com Eliatrice Gischewski
Utilizando variadas técnicas de dança como instrumentalização do corpo, a oficina propõe um mergulho de cada um em si. Viajar da pele, ao músculo, ao esqueleto, e deste para as profundezas de si, utilizando o movimento como forma de manipulação dos estados próprios, buscando investigar sensações, vibrações e sentimentos como forma de comunicação e discurso. Através de elementos básicos do movimento, e a relação do indivíduo com a sua máquina-corpo, descobrir as potencialidades cênicas e expressivas de cada pessoa, compreender, transformar e descobrir novas possibilidades da criação de narrativas corporais.
Eliatrice Gischewski é bailarina, diretora de movimento, preparadora corporal, pedagoga e professora de dança. Atua como diretora de movimento e preparadora corporal em diversos espetáculos de teatro. Foi indicada a melhor bailarina pelos prêmios Sesc/Sated e Usiminas Sinparc em 2011 e 2012, respectivamente, pelo espetáculo Território Nu. Atualmente, integra o elenco da Cia de Dança Palácio das Artes. Foi professora de Ballet Clássico e ensaiadora do CEFART- entre 2008 e 2015. É graduada em pedagogia pela Unopar, formada em técnica de dança clássica, dança contemporânea e técnica em iluminação pelo CEFART (Centro de Formação Artística e Tecnológica) da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das artes.
Preparação vocal com Rose Brant
A oficina de voz busca encontrar regiões e caminhos construtivos entre a verdade do artista e a verdade da personagem e tudo que eles exigirão de sustentação. Tom. Registro. A voz pelo corpo. A voz em cena. O objetivo é que cada um se aproxime de sua identidade vocal, ampliando sua sensibilidade. Iremos desconstruir laços e estabelecer novas conexões e referências a partir de seu som primário, o que facilitará na composição individual e coletiva dos personagens e sons para a cena.
Rose Brant é atriz, cantora, compositora e artista plástica. Recebeu indicações e prêmios no teatro por sua atuação em espetáculos musicais adultos e infantis, em destaque prêmios Sinparc por “Estrela Dalva” (dir. Pedro Paulo Cava)- personagem Dalva de Oliveira e o infantil “Flicts” (dir. Kalluh Araújo) personagem Vermelho. Nas telas atuou nos longas “Pequeno Segredo” (dir. David Schurmann) – indicado ao Oscar, “Além de Nós” (dir. Rogério Rodrigues)- que também inclui sua composição “Um Oceano em Meu Jardim” na trilha sonora. Está na série recém lançada “Até Onde Ela Vai” (dir. Felipe Cunha) Univer Vídeo /RecordTV. Seu álbum independente “No Colo da Flor” está nas plataformas digitais, com canções inéditas e autorais e participações especiais. Há 30 anos sua voz se faz presente no mercado publicitário, além de criar e desenvolver vozes para trilhas de filmes e séries. Seu trabalho na oficina envolve o trânsito entre a fala, som, canto e composição através do desenvolvimento de processos criativos híbridos.
Direção com Fernanda Vianna
A oficina irá abordar diversos passos do processo da direção de um espetáculo teatral, com o objetivo de promover uma visão geral deste trabalho. Trabalharemos a realização de jogos teatrais que estimulem a disponibilidade do ator estimulando a escuta, o jogo e o improviso; técnicas corporais e vocais; a interlocução entre os diversos instrumentos para criação da cena: palavra, gesto, figurino, cenário; funções e responsabilidades do(a) diretor(a); a escolha do texto; a concepção do espetáculo; a formação da equipe artística e técnica; até a montagem teatral (criação artística e produção).
Fernanda Vianna começou a carreira como bailarina. É atriz e participou de vários espetáculos do Grupo Galpão desde 1995, quando estreou como Julieta no espetáculo icônico Romeu e Julieta. Na TV atuou entre outros, na mini série Justiça e em Natal de Rita como protagonista. No cinema atuou em longas metragens como Moscou, Meu Pé de Laranja Lima, Lodo, Fogaréu. Em 2010 fundou com Rodolfo Vaz a Oitis Produções Culturais produzindo espetáculos premiados como “Antes do Silêncio”, “O Capote” e os musicais infantis e brasileiros “O boi e o burro no caminho de Belém” e “Berenice e Soriano”, ambos sob sua direção. Dirigiu ainda o “Patinho Feio” para o Ballet Jovem MG e fez preparação corporal para diversas companhias teatrais. Em 2023 dirigiu a Ópera “Blue Monday e afluentes” para o Theatro Municipal de São Paulo. Pelo filme “O que se move” recebeu o prêmio de melhor atriz em Gramado.
Dramaturgia com Malu Grossi Maia
A oficina de Dramaturgia pretende investigar com os alunos como dar forma à história que querem contar. As histórias estão ao mesmo tempo dentro e fora de nós, sendo importante tanto escutarmos quando falarmos o que elas têm a dizer. Partindo desse ponto, vamos aprender primeiro alguns conceitos do gênero de escrita dramatúrgica – ação, arco de personagem, estrutura dos atos, conflitos e diálogos. Depois, faremos exercícios para colocar a história ao mesmo tempo no papel e na memória, entendendo que é preciso tanto um esforço da imaginação para que uma lembrança possa ser contada, quanto a descrição da realidade para inspirar a invenção. À medida que as histórias vão sendo coletadas, vamos discutindo e recriando em grupo uma peça única para desenvolvimento do projeto. Os exercícios partem de entrevistas entre os participantes, jogos teatrais de oralidade, leitura de referências e pesquisa complementar de mais detalhes ou elementos de roteiro para a proposta que eles mesmos criarão.
Malu Grossi Maia é autora, atriz e palhaça. Formou-se pelo Teatro Universitário e é graduanda em Letras pela UFMG. Em 2019, estreou o espetáculo “Auto da Compadecida”, como atriz convidada do Grupo Maria Cutia de Teatro. Publicou, em 2021, “Espelho umbigo capim”, vencedor do Prêmio Poesia Incrível pela Crivo Editorial. É autora dos espetáculos “A Língua do Fogo”, da cia Doisemum, (em montagem) e “A Travessia de Ilídia”, encenado em um projeto com crianças da EE Virgínia Reis. Atualmente, é participante da segunda Residência Literária Escrita dos Dias, em Belo Horizonte.
Cronograma
Encontros em Itabira
Abril/Maio Dias: 12; 13; 14; 19 (atrás da cena); 20; 21; 26
(atividade remota); 27; 28; 04 e 05 de maio. Horários: 12 e 19 – das 19h às 21h; 13; 14; 20; 21; 27, 28 – das 10h às 13h / das 14h às 17h. 26 – das 18h às 22h (atendimento remoto de 1h, previamente agendado, para grupos de cinco participantes). 04 – das 14h às 18h. 05 – das 14h às 20h.
Link para inscrições:
https://docs.google.com/forms/d/1EDeZ0h4wAK8Br48EkTxICHsDv1DvLdk08qhFC0AGet0
Encontros em Ouro Preto
Mês: Maio/Junho Dias: 10; 11; 12; 17 (atrás da cena); 18; 19; 24 (atividade remota); 25 e 26. // Em Junho: 01 e 02. Horários: 10 e 17 – das 19h às 21h. 11; 12; 18; 19; 25 e 26 – das 10h às 13h / das 14h às 17h. 24 – das 18h às 22h (atendimento remoto de 1h, previamente agendado, para grupos de cinco participantes). 01 – das 14h às 18h. 02 – das 14h às 20h.
Link para inscrições:
https://docs.google.com/forms/d/1x8BnbOgTptXN-tEkEDWCOxt9wqZQp5JDcFykdL8zpZ4
Encontros em Congonhas
Mês: Julho/Agosto Dias: 12; 13; 14; 19 (atrás da cena); 20; 21; 26 (atividade remota); 27 e 28. // Em Agosto: 03 e 04. Horários: 12 e 19 – das 19h às 21h. 13; 14; 20; 21; 27 e 28 – das 10h às 13h / das 14h às 17h. 26 – das 18h às 22h (atendimento remoto de 1h, previamente agendado, para grupos de cinco participantes). 03 – das 14h às 18h. 04 – das 14h às 20h.
Link para inscrições:
https://docs.google.com/forms/d/1gc87X4uZkE04p4xBCLSHxi3M-TjjIELnm9jK0ZGSbXw
(Cronogramas sujeitos a alteração);
Teatro Em Movimento
O projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, completa 23 anos, em 2024, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso, o projeto também atua em outros Estados e outras cidades. Desde então, contabiliza 280 repertórios, que somam mais de 800 apresentações, envolvendo cerca de 860 artistas, em 15 cidades, 30 teatros e público superior a 402 mil pessoas. Desde 2020, fundou o TeatroEmMov Digital, que realizou o primeiro curso de teatro digital do Brasil, sendo uma plataforma web que pesquisa, produz e une narrativas do teatro, da dança, do audiovisual e dos games; ambos idealizados por sua diretora, Tatyana Rubim.
Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa. Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
Instituto Unimed-BH
O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2022, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Cemig: a energia da cultura
Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia. Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação. Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.
Luz Comunicação
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