Um dos temas que ganhou ainda mais relevância em função da pandemia da Covid-19, sem dúvida, é a inovação, especialmente no que diz respeito à adoção de tecnologias. Novas necessidades surgiram, a exemplo da intensificação do trabalho remoto, e contribuíram para acelerar a chamada transformação digital. Nesse contexto, também cresce a importância das lideranças e da área de Recursos Humanos, que precisam desenvolver um projeto consistente de inserção do tema na cultura organizacional, além de capacitar e engajar os colaboradores. “A tecnologia é vital, mas é suporte, é apoio. Muito importante entender que são as pessoas que entregam os resultados”, pontua o CEO da Prime Talent, David Braga.
Ele observa que todo esse período desde o aparecimento do novo coronavírus mostrou que é possível aprimorar os resultados e a rentabilidade, além de impulsionar o negócio como um todo, por meio de processos mais dinâmicos e eficientes, apoiados pela tecnologia. Tanto é que uma pesquisa da Sambatech e Samba Digital com parceiros, no Brasil, aponta que 62,5% das empresas do país investirão, neste ano, entre 10% e 30% do total do seu faturamento em inovação. E 45,7% delas já estão em fase de implementação de estratégias digitais, enquanto apenas 9,6% não possuem tais planos. Do total, 54% das companhias estão revisando os processos ou jornadas, com foco em novas receitas.
Entretanto, essas ações somente serão realmente bem-sucedidas, se houver uma eficiente gestão de pessoas. “É preciso fazer a inclusão digital, criar formas para que os colaboradores tenham acesso a essas tecnologias, a informações sobre parcerias com startups, entre outros aspectos. Quem usa a tecnologia são as pessoas. São elas que promovem as inovações e as proposições”, destaca o executivo da Prime. Ele lembra que isso perpassa pela oferta de formações, capacitações e estímulo ao desenvolvimento das principais competências e habilidades (soft skills) relacionadas ao momento. “Tem um para casa grande aí para as empresas que querem se modificar, de fato, a fim de garantir a perenidade do negócio”, completa.
É fundamental, ainda, que a organização sinalize a inserção da transformação digital como parte da cultura. Ou seja, deixe transparente que, genuinamente, valoriza isso e qual a relevância desse processo. “Todas as áreas precisam estar conectadas e engajadas para sustentar a tomada de decisões estratégicas”, destaca Braga. Nesse sentido, não se pode esquecer que, para inovar, deve-se prezar pela diversidade, sobretudo de ideias.
Por fim, o profissional também tem o seu papel ao longo desse caminho, para que possa contribuir com a empresa, além de evoluir na forma como realiza suas atividades, tornando-se cada vez melhor. Entre as possibilidades, ele pode buscar novas informações, conhecer as tecnologias disponíveis para suas funções e acessar pesquisas que vão apoiá-lo na adaptação às mudanças e na entrega de resultados com mais agilidade, assertividade e qualidade.
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Jaqueline da Mata
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