Terminou na noite de sexta-feira (12) a primeira edição do “MULHERes de um novo tempo” com a participação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves e da deputada federal e vice-líder de governo Greyce Elias. Na ocasião, elas falaram sobre os projetos defendidos pelo Governo Federal e Congresso Nacional ligados à mulher. Damares também respondeu perguntas de jornalistas.
De acordo com os diretores do Conexão Empresarial, organização do evento, a primeira edição da Semana Mulheres teve um saldo positivo. “Foram cinco dias abordando assuntos relacionados às mulheres. O objetivo é transformar em um evento presencial, a partir de 2022, fazendo uma semana das mulheres com ações presenciais, com debates, fóruns e cursos. Esse é o embrião, que tivemos que fazer digital”.
A ministra introduziu falando sobre os adjetivos que recebia no início do seu mandato e como conseguiu reverter esta situação, como mulher. Falou sobre como os espaços dados às mulheres para falar são importantes para influenciar outras e sobre as principais lutas que as mulheres enfrentam. Ressaltou a questão do descuido com os idosos nestes tempos de pandemia e como seu ministério está sendo importante para este cuidado. Também divulgou os números 100 e 180 para que seja denunciado casos de violência contra mulheres, crianças e recém-nascidos. Segundo
Damares houve um aumento de 400% nos casos de violência contra a mulher na pandemia. Damares disse que é “preciso combater todas as formas de violência contra a mulher”.
A deputada Greyce Elias, falou sobre o aumento dos números de casos de violência contra mulheres e crianças durante a pandemia e ressaltou a importância das políticas públicas a favor disso. Citou sobre a grande contribuição das vacinas brasileiras não só para os brasileiros como para todo o mundo. Falou também sobre seu projeto de lei que dobra penas de crimes contra a administração pública durante a pandemia.
Interação com jornalistas
A ministra foi perguntada sobre a construção de uma nova política de Direitos Humanos no Brasil por meio de um grupo de trabalho que não contempla representantes da sociedade civil e que reúne apenas membros do próprio governo e se isso não compromete a política de Direitos Humanos ao excluir contribuições dos mais diferentes grupos da sociedade. E como assegurar o respeito aos direitos já consolidados, se o próprio Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos teria agido para tentar impedir um aborto legal de uma criança que engravidou após ser estuprada, desrespeitando inclusive o que prevê o Código Penal brasileiro e Estatuto da Criança e do Adolescente.
Damares Alves respondeu que esta questão foi desvirtuada e as acusações são infundadas e que aguarda as investigações.
Outra pergunta foi sobre a admiração da ministra pelo trabalho do ministro Eduardo Pazuello, mesmo diante de tantas críticas da opinião pública e de lideranças locais, sobretudo por conta dos problemas no cronograma de vacinação.
Em resposta, Damares disse que tudo pode ser melhorado, e que é preciso entender como funciona a saúde pública. Falou também que a saúde no Brasil é descentralizada e afirmou que tudo que esteve ao alcance do ministro da saúde foi realizado.
Foi perguntado também como o ministério lida com pautas polêmicas e como ela, tendo posições que podem ser consideradas polêmicas e muito conservadoras, principalmente no que se refere aos padrões de comportamento da sociedade contemporânea. Como ela concilia suas crenças e valores pessoais com os programas do ministério, que devem ser plurais, diversos e abrangentes.
A ministra respondeu que é uma questão de preconceito por ela ser mulher. “Ainda há muita resistência sobre a liderança feminina”. Falou que é possível ser cristã e religiosa conduzindo uma pasta com tantos desafios. “Ser cristão é cuidar, é proteger”.
Sobre o evento
O “MULHERes de um novo tempo” começou no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, com as participações da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia; a reitora da UNIFIPMoc, Fátima Turano; a diretora de Relações Institucionais da Educação Básica da “Somos Educação”, Fernanda Sobreira; a sócia diretora do Kurotel, Rochele Silveira; sócia fundadora da Depyl Action, Danyelle Van Straten; a empresária, nutricionista e digital influencer, Bella Falconi, da presidente da Emater, Luísa Barreto e a deputada federal Greyce Elias. Além de Esther Schattan da Ornare que participou na terça (9); na quarta (10), as líderes da Rede Mater Dei de Saúde, Márcia Salvador Géo, Vice Presidente Assistencial; Maria Norma Salvador Ligorio, Vice Presidente Administrativa e Financeira, Renata Salvador Grande, Diretora Comercial e Marketing e Lara Salvador Géo, Médica e Acionista. Na quinta (11) foi a vez de Hélida Mendonça, sócia fundadora e diretora da Forno de Minas; Bruna Assumpção, diretora superintendente da Líder Aviação e Ana Gabriela Dias, primeira diretora mulher da história da Usiminas que participaram da edição do Gestão em Ação Especial Mulheres. E da jornalista, escritora e apresentadora, Leda Nagle.
O evento teve o patrocínio da Anglo American, Drogaria Araújo, Forno de Minas, Líder Aviação, Mercantil do Brasil, Super Nosso, Sindpas, UNIFIPMoc e Usiminas, com organização do Conexão Empresarial.