Valdez Monterazo é associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. Saiba mais em: https://valdezmonterazo.com.br
É comum donos de negócios, ou até mesmo gestores, se considerarem escravos de seus negócios. Sentem como se todo o peso do mundo estivesse em seus ombros. Acontece que, muitas vezes, todo o peso da empresa realmente está concentrado em uma única pessoa, coisas triviais e importantes, atividades de sua responsabilidade, como também que deveriam ser da responsabilidade da equipe.
É comum ver pequenos negócios onde os proprietários fazem absolutamente tudo, desde a gestão da empresa até a mais simples das atividades operacionais. Ou até mesmo empresas familiares, onde, após o afastamento do fundador, a empresa simplesmente entra em colapso, e como todo já sabem, o afastamento do dono nem sempre é voluntário, às vezes ele vem de repente.
Acontece ainda, de muitos executivos deixarem seus cargos corporativos em busca da liberdade e prosperidade de ter seu próprio negócio, na maioria das vezes, descobrem, amargamente, que ser o dono pode ser mais preocupante e desafiador do que ser empregado. Trabalham muito mais em sua própria empresa do que quando estavam em seus cargos.
Você ficou intrigado com algum desses cenários?
Se a resposta for positiva, ótimo, pois ao longo desse artigo vou passar informações práticas, facilmente aplicáveis e preciosas, para que qualquer líder possa ter mais eficácia na gestão de sua empresa.
Mas antes disso, se faça o seguinte questionamento: qual o real papel do dono de uma empresa?
Será esse o de se preocupar em apagar cada incêndio, fazer tudo sozinho e queixar-se da má sorte?
Eu acredito que não.
Nesse sentido, fica aqui então a pergunta chave deste artigo: como deixar de ser escravo da própria empresa?
Antes de responder isso, permita-me explicar a causa raiz do problema: empresários se tornam escravos de suas empresas quando são incapazes de exercer funções de gestão e ficam presos na execução de atividades que deveriam ser de responsabilidade de seus times ou, até mesmo, terceirizadas ou automatizadas.
Dessa forma, um remédio indispensável é desenvolver competências de gestão e liderança, para que possam se cercar, e desenvolver, pessoas que o ajudem ter êxito em suas atividades.
Para exemplificar, trago as ideias de um dos maiores gurus contemporâneos de gestão, além de uma referência internacional em coaching de negócios, o Brian Tracy. Em suas obras, ele comenta que em qualquer cargo de gestão, existem funções chave, elas são:
• Planejar
Planejamento está relacionado às metas e objetivos estratégicos da empresa ou área específica, ou seja, o que exatamente se espera alcançar.
• Organizar
Organização está relacionada aos recursos, materiais e intelectuais, necessários para a boa execução. De forma mais simples, é entender o que é necessário para o cumprimento das atividades e quem é o indivíduo adequado a fazê-la.
• Delegar
Delegar se relaciona a dar, ou conceder, poderes a alguém. Na prática é desapegar-se de atividades que, talvez, já não deveriam ser de sua execução e transferi-la a outra pessoa. Dificuldade em delegar atividades é uma deficiência clássica em diversos líderes, que as concentram em si e ficam totalmente sobrecarregados.
• Desenvolver times
Essa talvez seja a função mais importante de um líder, treinar e motivar sua equipe, garantir que estão totalmente aptos e engajados no trabalho a ser feito à frente.
• Supervisionar
Supervisionar não é nada mais do que garantir que o trabalho esteja sendo executado da melhor maneira possível. Aqui ocorrem dois erros clássicos,
• Medir
Medir está relacionado a entender se a performance do time, e cada colaborador, superou ou não as expectativas previamente acordadas. Envolve também relatar as boas práticas do time aos superiores e clientes, mostrando o trabalho que foi feito, ou as dificuldades do caminho.
Neste ponto, após expor conceitos simples e impactantes, trago à luz um pensamento derivado do escritor americano Napoleon Hill:
Conhecimento não é poder, é apenas poder em potencial, ele é transformado em poder somente quando aplicado a algum fim prático, um objetivo definido.
Dessa forma, te convido a pôr em prática esse conhecimento e assim transformá-lo em poder, objetivando a prosperidade de sua empresa e sua própria evolução pessoal e profissional.
1. Planeje e organize suas atividades.
Qual trabalho deve ser feito? Qual deve ser executado por você? Quais são as métricas de sucesso e desempenho? Quais recursos são necessários?
2. Delegue, supervisione e treine a equipe.
Descentralize, fuja das atividades que não geram valor e que poderiam ser delegadas ou terceirizadas.
Quem é responsável pelo o que? Qual a frequência ideal de acompanhamento das atividades com a equipe? Quais funcionários necessitam ser treinados, motivados ou capacitados?
3. Meça o trabalho.
Cada colaborador cumprir com sua parte? Indicadores foram atingidos? Que atividades foram feitas e quais ficaram pendentes?
Lembro nesse ponto que para se medir algo, é necessário que isso tenha antes sido planejado, portanto, mão à obra!
É muito comum surgirem boas ideias de aplicação e pontos de melhoria na gestão ao ser exposto a conteúdos como esse, se esse foi o seu caso, torço para que você os coloque em prática o mais rápido possível para que em um futuro breve, você possa colher os melhores frutos.
Promover esse tipo de reflexão, conhecimento e prática é exatamente o papel de um coach executivo quando trabalha em parceria com um empresário ou líder, o de aplicar continuamente estratégias comportamentais e de gestão para promover maiores e melhores resultados empresariais, trazer de volta o comando da empresa ao líder, e ajuda-lo a ter mais tempo e qualidade de vida.
Ao ler até aqui, você entendeu mais a fundo como exercer uma gestão profissional, trabalhando aspectos como: Planejamento, organização, delegação, supervisão, treinamento e medição de atividades.
A aplicação dessas ideias pode te ajudar deixar de lado a circunstância de se sentir escravo de sua própria empresa, para em seu lugar, você possa exercer o verdadeiro papel do dono ou gestor, o de líder.